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Escritórios

 

Boa performance do mercado no primeiro semestre do ano

19 de julho de 2017

A registar um take-up total de 33.784 m2, no segundo trimestre de 2017, o mercado de escritórios demonstra uma continuidade de uma boa performance no primeiro semestre do ano.

De acordo com a consultora Worx, o valor de absorção total verificado é positivo, sendo que entre os meses de Janeiro e Junho foram ocupados 77.425 m2 de espaços de escritórios em Lisboa. Comparativamente ao período homólogo de 2016, a variação foi praticamente inexistente (decréscimo residual de 1,4%).

As zonas com maior destaque foram: zona 6 a registar 22.185 m2, a zona 1 com uma absorção de 15.398 m2 e a zona 4 com 14.199 m2, sendo que, as 3 zonas referidas receberam 67% da ABL total de mercado absorvida nos primeiros 6 meses do ano.

No que se refere à ABL média, o estudo revela que se registou um decréscimo na ordem dos 27,5% face ao mesmo período de 2016: "assistimos a um maior número de transacções no mercado, mas direccionado para áreas mais reduzidas", admite a consultora em comunicado.

Os sectores mais activos ao longo do primeiro semestre foram Consultores e Advogados, TMT´s & Utilities e Serviços Financeiros. A Abreu Advogados foi responsável por uma das maiores operações do semestre: ocupação total do edifício Av. Infante D. Henrique 26, promoção nova para ocupação deste gabinete de advogados, num total 5.144 m2.

É, ainda de referir, que face ao ano 2016, as operações realizadas por empresas ligadas aos Setores de Novas Tecnologias aumentaram em cerca de 82%. Contudo, assistimos à contratação de áreas mais pequenas, com 18 operações num total de 31 a serem direcionadas para áreas com menos de 300 m2.

A expansão de área e mudança para novas instalações continuam a ser os motivos dominantes das operações que ocorrem no Mercado de Escritórios de Lisboa (87%).

Pedro Salema Garção, Head of Agency da Worx, comenta que "o geral, o ano de 2017 está ser encarado com mais confiança por parte das empresas e dos órgãos de decisão. O aumento da confiança e do optimismo da classe empresarial deve-se à recuperação do crescimento económico de Portugal, à redução do défice fiscal e a uma maior estabilidade politica. Estes dados, aliados a um reanimar do mercado de trabalho, tornam expectável uma necessidade das empresas em expandiram as suas áreas. No entanto, a escassez de oferta de qualidade continua a ser um problema que o mercado enfrentará nos próximos tempos. As novas promoções que estão em pipeline são na sua maioria dirigidas para contratos de pré-arrendamento, havendo um claro desequilíbrio entre procura e oferta".

O departamento de Research & Consulting da consultora imobiliária prevê, ainda que, com a cidade de Lisboa cada vez mais a afirmar o seu lugar como local de operações de muitas empresas nacionais e internacionais, com a promoção de um maior número de eventos internacionais na capital, com o aumento do turismo e crescimento de todos os sectores de actividade adjacentes a ele, é expectável que o mercado continue a sua trajectória de crescimento e dinamismo.