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Coudelaria de Alter do Chão vai ter hotel e ser polo turístico

25 de novembro de 2016

O Governo anunciou hoje que está a desenvolver um projecto para concessionar a privados espaços edificados da Coudelaria de Alter do Chão para a construção de um hotel, com o objectivo de “potenciar o turismo" naquela região.

De acordo com o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, este projecto na Coudelaria de Alter do Chão, que é gerida pela Companhia das Lezírias, vai contar também com um investimento do Turismo de Portugal na recuperação de infraestruturas.

“O investimento será privado, mas passa por mais do que isso, passa por um compromisso do Turismo de Portugal para investimento na renovação das infraestruturas que estão à volta do que será o hotel”, disse.

 

Interesse manifestado por investidores privados

O governante, que falava no decorrer de um debate sobre o futuro da Coudelaria de Alter do Chão, no distrito de Portalegre, promovido naquela vila alentejana, adiantou que “há interesse de investidores privados” em desenvolver um projecto turístico naquele espaço.

“O que nós vemos é o projecto do hotel, como um projecto privado, que tem que ter viabilidade para o qual o Turismo de Portugal com as linhas especiais de crédito que tem vai disponibilizar, da mesma forma que faz no Programa REVIVE”, disse.

Esta iniciativa do PS de Alter do Chão contou ainda com a presença dos ministros da Agricultura, Capoulas Santos, e do ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, que estão também envolvidos neste projecto turístico em redor da coudelaria.

 

Valorizar o turismo da região e o Cavalo Lusitano

Capoulas Santos sublinhou, por sua vez, que é em redor do turismo que passa o futuro da Coudelaria de Alter do Chão, não esquecendo as outras componentes que dão vida àquele equipamento, nomeadamente a criação e projecção do Cavalo Alter Real.

O ministro da Agricultura referiu que o projecto em redor do turismo vai arrancar na coudelaria “a curto prazo” (a partir de Janeiro), numa “estratégia concertada” entre os vários ministérios.

Para o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, o património histórico do Cavalo Alter Real “é para preservar”, defendendo que o projecto turístico vai trazer “mais emprego e mais recursos” para a região.

 

Coudelaria foi fundada em 1748

Em Março de 2007, a coudelaria, que emprega cerca de 30 pessoas, passou a ser gerida pela Fundação Alter Real (FAR), após a extinção do Serviço Nacional Coudélico, no âmbito do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado.

Após a extinção da FAR em Agosto de 2013, a Companhia das Lezírias assumiu a gestão da coudelaria, nomeadamente as áreas da visitação e gestão das coudelarias com o ferro Alter Real e Coudelaria Nacional, cabendo a gestão do laboratório de genética molecular à Direção Geral de Alimentação e Veterinária.

O projeto da FAR reuniu um grupo de 30 fundadores privados, os quais investiram 50 mil euros cada e comprometeram-se a pagar uma quota anual superior a dois mil euros.

Nos últimos anos, a FAR acumulou um passivo de 2,5 milhões de euros e dívidas a empresas prestadoras de serviços.

A Coudelaria de Alter do Chão, fundada em 1748 por D. João V, desenvolve actualmente trabalhos de selecção e melhoramento de cavalos Lusitanos e possui uma unidade clínica dotada com todos os meios para o acompanhamento e tratamento médico dos animais, acolhendo, nas suas instalações, entre outras valências, o Laboratório de Genética Molecular. A Tapada do Arneiro é a designação da herdade onde está localizada a Coudelaria de Alter, sendo uma propriedade integralmente murada, com uma área aproximada de 800 ha.

Lusa/DI