Corrida à compra de prédios em Lisboa, preço de venda cresce 34% num ano
No período acumulado de 12 meses até ao 2º trimestre de 2019 (inc.), os prédios com mais de 500 m² em Lisboa foram vendidos a um preço médio de 2.915 euros/m², numa evolução de 34% face aos 2.173 euros/m² a que foram transaccionados no 2º trimestre de 2018.
Dados divulgados pela Confidencial Imobiliário e que dizem respeito à transacção de prédios com área superior a 500 m2 situados no território coberto pelo SIR-Reabilitação Urbana, que abrange 17 freguesias centrais de Lisboa.
Campolide é a freguesia mais cara para este tipo de activos, com as transacções a registarem um preço médio de 4.246 euros/m², seguida por Belém com um preço de 4.071 euros/m². Destacam-se ainda Santo António, Santa Maria Maior e Estrela, onde os preços de venda de prédios se situaram, no período em análise, entre os 3.000 euros e os 3.900 euros/m². O aumento de preços foi transversal a praticamente todas as freguesias, destacando-se, contudo, Alvalade, que atingiu os 2.542 euros/m², e Alcântara, que transacciona a 2.394 euros/m², valores que comparam com os menos de 1.000 euros/m² a que, em ambas as freguesias, se transaccionavam tais activos um ano antes.
Em termos de procura, as freguesias de Santo António, Arroios, Avenidas Novas, Santa Maria Maior e Estrela continuam a ser os principais destinos de investimento, com quotas de 14% a 9% das vendas de prédios desta dimensão no último ano. Mas são o Areeiro, Alvalade, Penha de França, Ajuda e Campolide que estão a emergir como novos prontos de interesse, registando os maiores crescimentos na transacção de tais prédios entre o 2º trimestre de 2018 e o mesmo período de 2019, com aumentos superiores a 50%.
Ainda assim, este conjunto de freguesias apresenta quotas de entre 2% a 6% do total de transacções. No geral, contudo, o número de vendas de prédios com mais de 500 m² recuou cerca de 9% no total do território coberto pelo SIR-Reabilitação Urbana, com descidas sempre acima dos 16% nas diferentes freguesias.
