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Construção resiste à pandemia

2 de outubro de 2020

“o sector da Construção revela uma significativa resiliência perante o impacto da actual pandemia da covid-19 na actividade económica, com os principais indicadores setoriais a manterem-se mais positivos do que os apurados para a generalidade da economia” - opinião expressa pela AICCOPN - Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas.

Segundo a sua mais recente análise à Conjuntura da Construção, no mês de agosto, o consumo de cimento no mercado nacional observou um crescimento de 13%, em termos homólogos, elevando para 2,4 milhões de toneladas, o consumo desta matéria-prima desde o início do ano, o que corresponde a um crescimento de 10,3% em termos homólogos acumulados.

Relativamente às licenças emitidas pelas Autarquias para construção de habitação nova, nos primeiros sete meses de 2020, “registou-se quebra menos intensa que a registada nos meses anteriores, tendo-se apurado uma variação em termos homólogos acumulados de -2,5%”. Quanto, ao licenciamento de fogos em construções novas verifica-se, também, um decréscimo de 4,4%, em termos homólogos, para um total de 13.456 habitações.

 

Abril, o mês de maior contracção no sector

No 2.º trimestre de 2020 - segundo ainda o relatório da AICCOPN - foram transaccionados 33.398 alojamentos familiares num montante global de 5.145 milhões de euros, o que traduz uma redução, face a igual trimestre do ano anterior, de 21,6% em número e de 15,2% em valor.

Durante o trimestre, Abril, período durante o qual vigorou o estado de emergência, foi o mês em que se observou a maior contracção, em termos homólogos, do número de transacções (variação de -35,2%) e nos meses de Maio e Junho, com o início do desconfinamento, as reduções foram menos expressivas, registando-se taxas de -22,0% e -7,6%, respectivamente, aproximando-se dos números verificados no primeiro trimestre.

Já no que concerne aos preços dos imóveis - refere a associação nacional do sector da construção, “permanece inalterada a tendência global de crescimento, com o índice de preços da habitação a valorizar-se 7,8%, em termos homólogos no 2º trimestre de 2020, e os valores de avaliação bancária na habitação a atingirem um novo máximo histórico em Julho com um aumento de 8,0%, também em termos homólogos.

No segmento dos edifícios não residenciais até Julho, a AICCOPN constata “uma contracção da área licenciada pelas autarquias de 4,5% em termos homólogos”; enquanto que no segmento de engenharia civil, “o mercado de empreitadas de obras públicas permanece estável”. No entanto, alerta a associação “ainda que o volume de contratos celebrados registe uma variação homóloga temporalmente comparável positiva, de 14,4% até final de Agosto, os níveis verificados continuam a situar-se muito abaixo dos valores apurados para o total de concursos promovidos, ou seja, objecto de abertura de procedimento”.