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Confederação da Construção quer mais investimento público

25 de outubro de 2018

A Confederação Portuguesa de Construção e do Imobiliário (CPCI) considera que a proposta de Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) “não responde” às necessidades das empresas, do sector, dos investidores e do país, apelando para a sua alteração na especialidade.

Num documento enviado aos vários grupos parlamentares, e hoje divulgado, a CPCI adverte que a proposta de orçamento para o próximo ano “peca pela omissão e pela ausência de medidas que permitam corresponder aos desafios estratégicos do país e do sector da construção e do imobiliário” e destaca a necessidade de dar resposta a “quatro eixos estratégicos de desenvolvimento”: o investimento público, o investimento privado, a competitividade do tecido empresarial e a internacionalização.

Para a confederação, só com a “alteração e inclusão destas matérias em sede de discussão da proposta do Orçamento do Estado na especialidade” será possível “recuperar e manter um quadro de competitividade, estabilidade e confiança para os investidores, que é absolutamente essencial para que, em 2019, as metas de crescimento possam ser atingidas”.

Ao nível do investimento público, a CPCI considera que a proposta do OE2019 “não cumpre sequer um patamar mínimo” que permita a Portugal “aproximar[-se] das metas europeias e das necessidades de crescimento sustentado do país”.

É que, alerta, “se forem cumpridos os objectivos anunciados, o investimento público ficará a níveis de 1975”.

Actuar a nível da fiscalidade

Quanto ao investimento privado, a confederação entende que o OE2019 “é incapaz de recuperar e manter um quadro de competitividade e de segurança para os investidores, ao não apresentar soluções para resolver as questões que mais têm contribuído para o desequilíbrio do mercado e ao não evidenciar medidas concretas que permitam dinamizar o arrendamento e a reabilitação urbana”.

Já no que respeita à competitividade do tecido empresarial, sustenta que, “à excepção da eliminação do PEC [Pagamento Especial por Conta], que vai ser paga pelas próprias empresas, que verão as tributações autónomas fortemente agravadas, não há medidas direccionadas para a melhoria da competitividade das empresas”.

A última recomendação da CPCI tem a ver com a internacionalização, sendo entendimento da confederação que a proposta de orçamento apresentada “não reflecte a nova abordagem assumida pelo Conselho Estratégico de Internacionalização da Economia, em especial ao nível da fiscalidade, ficando por tratar alguns aspectos que são essenciais para apoiar a expansão externa das empresas” portuguesas.

Lusa/DI