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Compra de segunda habitação está de regresso a Portugal

13 de junho de 2016

A compra de segunda habitação por estrangeiros está de regresso a Portugal, sobretudo na região do Algarve. Os preços e o Golfe são os principais motivos apontados recentemente pelo jornal britânico Property Wire: Property news|Real estate.

A disponibilidade de financiamento, o investimento em infra-estruturas, as iniciativas fiscais atraentes e um retorno a preços sensatos, fez com que a actividade no mercado imobiliário no Algarve ganhasse um novo impulso.

O jornal faz referência ao estudo da consultora imobiliária internacional, Knight Frank, e revela que depois da crise que afectou o mercado imobiliário português em 2008 e de uma queda a pique dos preços na ordem dos 50%, a partir de 2013 os preços começaram a ajustar, o que levou a um aumento nas transacções.

Até 2015, o Algarve registou o seu primeiro aumento anual dos preços de primeira linha desde 2008 e a Knight Frank relatou um aumento de 32% nas vendas em 2015 em comparação com 2014.

O relatório revela ainda que mesmo durante crise existiu um contínuo investimento em infra-estrutura. A actualização da auto-estrada A22 costeira, por exemplo, abriu o Algarve Ocidental, enquanto a melhoria do E1 de Lisboa e Porto e os 32 milhões de euros de expansão do Aeroporto de Faro ajudaram a impulsionar a confiança económica. "Maior desenvolvimento está previsto ainda em Vilamoura e Quinta do Lago", lê-se no artigo.

O relatório aponta também que além dos ingleses, os compradores irlandeses e alemães ainda são evidentes no Algarve mas os franceses, escandinavos, os sul-africanos e chineses, também estão a aumentar. 

Aumento do interesse francês no Algarve nos últimos dois a três anos

O jornal revela igualmente o aumento do interesse francês no Algarve nos últimos dois a três anos, com muitos alegando os incentivos fiscais como muito atractivos sobretudo ao abrigo do Regime fiscal dos residentes não habituais. Introduzido em 2009, o RNH isenta não-residentes a gastar 183 dias por ano em Portugal, ou aqueles com uma residência principal no país, a partir de imposto de renda sobre os rendimentos não-portugueses, incluindo as pensões, salários e ganhos de capital por um período de 10 anos.

Também o regime dos Golden Visa de Portugal, tem incentivado o investimento, sobretudo na área de Lisboa e não tanto no Algarve. Até à data os compradores chineses respondem por 79% dos 2.853 vistos concedidos desde 2012.

O Golfe é um dos principais motivos por esta procura

O relatório da Knight Frank também aponta que há agora um foco importante no potencial de investimento do Algarve, sobretudo em comparação com antes dos 37 campos de golfe de 2008. O Algarve é responsável por mais de 50.000 'voltas' de golfe por ano e sua temporada se estende para além da do período de verão tradicional, correndo de Fevereiro a Maio e novamente a partir de Setembro a Novembro.

"E acrescenta que o novo desenvolvimento é evidente, sobretudo, no extremo leste do Algarve, mas projectos de primeira linha precisam de ser ancorados por uma marca de hotel de 5 estrelas ou um campo de golfe para atrair os compradores longe dos locais mais estabelecidos, como o 'Triângulo Dourado' área que se estende desde a Quinta do Lago para Vilamoura e Vale do Lobo", conclui o estudo.