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Braga: antiga Fábrica Confiança dá lugar a residência universitária

8 de janeiro de 2020

O edifício da antiga fábrica Confiança vai dar lugar a uma residência universitária privada com capacidade para 300 quartos, informou hoje o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio.

O autarca que preside à cidade dos bispos revelou que a câmara irá lançar uma nova hasta pública no próximo mês de Fevereiro, tendo por base um novo caderno de encargos a ser submetido a votação na reunião do Executivo Municipal na próxima segunda-feira e, posteriormente, em Assembleia Municipal.

O caderno de encargos, que deverá ser aprovado, mantém a volumetria do edifício principal e obriga à criação de uma residência para estudantes universitários, cuja carência de oferta é manifesta numa cidade onde a população estudantil tem crescido exponencialmente..

Segundo a imprensa local, o projecto apresentado hoje contempla a reabilitação do edifício existente, onde ficarão alguns dos quartos, um centro interpretativo da saboaria e um espaço dedicado à restauração, entre outros complementares à residência. Um novo edifício será construído no terreno sobrante a norte, albergando a maioria dos quartos. Esta estrutura criada de raiz contará com sete pisos acima do solo e um parque de estacionamento subterrâneo de dois pisos abaixo do solo com capacidade para 150 lugares.

 

Vozes de protesto

Logo que foi anunciada a intenção da autarquia bracarense, a mesma foi denunciada pela Plataforma Salvar a Fábrica Confiança (PSFS), movimento constituído por cidadãos e agentes culturais da cidade de Braga que defendem “a manutenção do edifício da Perfumaria e Saboaria Confiança na esfera pública e a sua progressiva adaptação a espaço com funções culturais/sociais”. A Plataforma denuncia que “a Câmara Municipal de Braga pretende vender o mais rápido possível a Fábrica Confiança para que promotores imobiliários transformem o edifício num empreendimento de luxo”. O movimento insurge-se não só contra a venda do edifício histórico como contra a construção de um segundo prédio de sete andares. “A consumar-se uma edificação desta dimensão no logradouro — refere a PSFS —desaparecerá, assim, o último potencial espaço público para fruição da população naquela zona da cidade já densamente edificada”.