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Almada: “Cidade da Água”, um novo polo urbano de 57 hectares

14 de maio de 2019

O Concurso Público Internacional da Cidade da Água vai ser lançado no final do próximo mês de Junho. Os 57 hectares na margem ribeirinha de Almada, que durante anos acolheram os estaleiros navais da Lisnave, vão finalmente dar lugar a uma nova centralidade na margem sul, que poderá constituir um elemento catalisador para o desenvolvimento da margem sul do Tejo e de toda a região da Grande Lisboa.

A futura cidade é considerada o maior projecto de regeneração urbana desde a Expo 98. E se a área de intervenção desta era bem maior, é bem verdade que a localização dos terrenos que irão acolher a futura cidade da margem sul gozam de uma localização incomparável, com uma exposição total para o centro histórico de Lisboa.

O projecto foi hoje apresentado pelos responsáveis da Baía do Tejo — empresa criada em 2009 com a missão de promover o Projecto Arco Ribeirinho Sul nos terrenos industriais desocupados em vários concelhos da margem sul do Tejo e também em Estarreja.

Segundo Sérgio Saraiva, administrador da Baía Tejo, a nova Cidade da Água terá todas as valências que farão dela uma verdadeira cidade: habitação, escritórios, espaços comerciais, serviços, ruas, alamedas, praças e jardins, além de uma marina e um novo terminal Fluvial de passageiros, que irá substituir o agora localizado em Cacilhas. Segundo o administrador da Baía Teja, esta nova infraestrutura irá melhorar francamente a comodidade e a qualidade de acesso a toda a população que diarimente se desloca entreLisboa e Almada. “O terminal constitui, em si – disse - uma ancora importante do próprio desenvolvimento da “Cidade da Água”.

O plano elaborado pela CMA prevê com exactidão aquilo que pode e não pode ser vir a ser construído, prestando com a maior transparência toda a informação que os investidores, nacionais ou internacionais, necessitam e requerem – adiantou Sérgio Saraiva.

O gigantesco pórtico da Lisnave será um elemento a preservar na futura cidade da água, constituindo um símbolo de continuida entre a memória de um passado industrial não muito distante e que tanto marcou a região e onde trabalharam 10 mil pessoas e o futuro da nova Almada. O administrador da Baía Tejo esclareceu que o futuro promotor do projecto terá de suportar os custos das infraestruturas, incluindo a construção da marina e do futuro terminal fluvial.

O gestor não informou no entanto em quanto poderá orçar o projecto global. Enfatizou, no entanto, a "excelência da localização" da Cidade da Água, a apenas 2,5 quilómetros da Praça do Comércio (em linha recta), a dez quilómetros das praias da Costa da Caparica e a 20 quilómetros do aeroporto internacional de Lisboa, bem como o facto de se tratar de uma zona ligada pelo Metro Sul do Tejo ao Hospital Garcia de Orta e ao campus Universitário de Almada.