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82% dos investidores em imobiliário português são estrangeiros

4 de janeiro de 2017

O volume de investimento imobiliário no sector comercial em Portugal aproximou-se em 2016 dos 1.300 milhões de euros, sendo que 82% foi realizado por investidores estrangeiros. Estas são algumas das conclusões da apresentação do resumo da actividade do mercado imobiliário nacional em 2016, realizado hoje pela consultora Cushman & Wakefield (C&W).

Eric van Leuven, director-geral da consultora em Portugal, revelou que "em linha com a tendência a que vimos a assistir desde o ano passado, 2016 foi mais um bom ano para o sector imobiliário em Portugal. A actividade de investimento, principal motor do sector, manteve-se extremamente dinâmica. Por seu lado, o mercado de ocupação confirmou a aposta dos investidores no mercado português, reflectindo de forma transversal uma procura saudável e dinâmica, que consolidou em 2016 com volumes que se alinham com os valores pré-crise".

Apesar de ter sido um ano bom verificou-se uma queda face ao ano passado, no qual as transações de investimento se aproximaram dos 2 mil milhões, contudo, o valor de 2016 é o segundo mais alto da história do mercado de investimento em imobiliário comercial, apenas ultrapassado por 2015.

O sector que maior capital atraiu foi o de escritórios, ultrapassando os 600 milhões de euros e atingindo com este valor um máximo histórico - nunca se investiu um volume tão elevado em activos de escritórios em Portugal. A operação do Campus da Justiça, no Parque das Nações, a venda do Edifício NOS e da Torre A das Torres de Lisboa foram as mais significativas no sector. O mercado de retalho manteve também a sua grande atractividade, num total de mais de 500 milhões de euros negociados, sendo a CBRE GIP responsável pela maior operação do ano, com a compra do AlgarveShopping e Estação Viana ao Fundo Sierra.

A reabilitação urbana mostrou-se igualmente atractiva para investidores nacionais e estrangeiros, sendo conhecidos cerca de 30 negócios cujo valor acumulado ultrapassou os 480 milhões de euros. Esta amostra regista um valor médio de transacção por metro quadrado de aproximadamente 1.700 euros.  

A Cushman & Wakefield foi responsável por 44% do volume total transaccionado, destacando-se os negócios da compra do Campus de Justiça, venda da Torre A, venda do AlgarveShopping e Estação Viana e venda do edifício Malhoa 27. No total, o departamento de investimento conclui 18 negócios, tendo registado o seu melhor ano de sempre.

No que diz respeito a previsões para 2017, Eric van Leuven refere, "as nossas perspectivas para 2017 são optimistas. A economia tem vindo a percorrer um caminho de correção ao longo dos últimos anos e tudo aponta para uma manutenção do crescimento que se iniciou em 2014. Os sectores de escritórios e retalho serão os mais dinâmicos, ainda que a escassez de oferta de escritórios de qualidade em Lisboa possa de alguma forma atenuar o volume de procura".