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30 projectos para REVIVE(R)

27 de dezembro de 2016

O Turismo de Portugal deu hoje a conhecer a lista final dos 30 imóveis históricos em profundo estado de abandono que os ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças pretendem abrir ao investimento privado para desenvolvimento de projectos turísticos no âmbito de uma concessão que se estende no tempo.

No passado dia 28 de Setembro, o Governo apresentou os primeiros 11 edifícios abertos à contratação com privados com vista à sua reabilitação e uso público. Destes, apenas um foi retirado por pressão expressa do PCP: o Forte de Peniche, local que serviu de presídio aos democratas e antifascistas nos anos da ditadura do Estado Novo.

No Dia 13 de Outubro, o “Diário Imobiliário” adiantou uma lista de 13 outros imóveis que iriam integrar o programa REVIVE. Não acertámos inteiramente… Os responsáveis do Turismo e dos ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças decidiram retirar da lista final a Fortaleza de Juromenha (Alandroal), o Convento de São Bernardino (Peniche), o Forte de Nossa Senhora das Salvas (Sines), o Forte da Praia da Ilha do Pessegueiro (Sines) e parte da Alfândega do Porto. Edifícios que, muito provavelmente, virão a integrar uma posterior fase do Programa REVIVE.

Eis a lista dos 30 imóveis que aguardam agora a iniciativa dos investidores privados. Ao que se sabe, até agora, apenas um há a certeza de ser contratualizado: o Convento de S. Paulo, em Elvas, que irá integrar a cadeia hoteleira do Vila Galé.

 

01 - Convento de S. Paulo, em Elvas

Monumento Nacional e exemplo da arquitectura setecentista, o Convento de São Paulo constitui a quarta e última casa da Ordem de São Paulo começada a construir em 28 de Outubro de 1679 e concluída em 31 de Dezembro de 1721.

Após a extinção das ordens religiosas, o convento entrou num processo de degradação que culminou no incêndio que o arrasou definitivamente. A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel, o modelo jurídico é o de direito de superfície.

O Grupo Vila Galé ganhou o concurso público internacional lançado pela Câmara Municipal de Elvas, em 29 de julho de 2016, e ali irá instalar um hotel de 5 estrelas.

 

02 - Castelo de Vila Nova de Cerveira (Viana do Castelo)

Castelo medieval de planta oval com oito torres quadrangulares. Edificado em estilo gótico sobre um morro e envolto pela malha urbana de Vila Nova de Cerveira, destaca-se na margem esquerda do Rio Minho, para o qual possui magníficas vistas.

Está protegido com a categoria de Imóvel de Interesse Público. A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel e o modelo jurídico será o de direito de superfície

 

03 - Mosteiro de S. Salvador de Travanca (Amarante)

Mosteiro românico beneditino fundado no século XII, integra uma das mais belas torres medievais portuguesas e faz parte da Rota do Românico. É Monumento Nacional.

A capela-mor e o claustro são do século XVII. À excepção da igreja e da torre os restantes espaços encontram-se devolutos, reunindo condições para a instalação de um estabelecimento hoteleiro.

A área a afetar a uso turístico será total, com excepção da Igreja que está afeta ao culto, e o modelo jurídico será o de concessão.

 

04 - Mosteiro de Arouca (Aveiro)

Mosteiro da Ordem Cisterciense envolto por cerca arborizada e por uma praça pública da cidade, tem origem no século XII. De estilo classicista romano foi objecto de grandes intervenções nos séculos XVII e XVIII, em estilo barroco, sendo restaurado no século XX, em duas fases distintas.

Monumento Nacional, possui espaços notáveis - como a Igreja, o Coro da Freiras, o Claustro, o Refeitório, a Cozinha e o Museu de Arte Sacra -, estando devoluta parte da ala sul, a qual reúne condições para a instalação de um estabelecimento hoteleiro. Encontra-se em razoável estado de conservação.

A área a afetar ao uso turístico será a ala sul e o modelo jurídico será o de concessão.

 

05 - Mosteiro de Santa Clara-a-Nova (Coimbra)

Antigo mosteiro feminino de Clarissas, de fundação seiscentista, foi construído ao longo dos séculos XVII e XVIII, em substituição do antigo mosteiro medieval de Santa Clara-a-Velha, vítima das inundações periódicas do rio Mondego. É Monumento Nacional.

A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel, com excepção da Igreja e do Museu, e o modelo jurídico é o de concessão.

 

06 - Pavilhões do Parque D. Carlos I (Caldas da Rainha)

Projectados nos finais do século XIX por Rodrigo Berquó para serem o novo hospital D. Carlos I. Berquó queria fazer das Caldas da Rainha uma verdadeira estância termal europeia, contudo, os “pavilhões do parque” não chegaram a cumprir essa função. Durante mais de 100 anos serviram para albergar um quartel militar, uma esquadra da polícia e uma escola secundária. Actualmente estão desactivados e apresentam evidentes sinais de degradação.

A área a afetar é a totalidade do imóvel e o modelo jurídico é o de direito de superfície.

 

07 - Paço Real de Caxias (Oeiras)

Imóvel de Interesse Público concluído pelo futuro rei D. Pedro V, foi usado como residência ocasional. Inicialmente incluía a quinta, os jardins geométricos de influência francesa e a cascata da segunda metade do século XVIII.

Edifício Principal de pequena/média dimensão, funcionalmente organizado em volta de um corredor central e de salas adjacentes no primeiro andar. No piso térreo localizavam-se as áreas de apoio. Existe também uma edificação secundária de apoio à Edificação Principal.

A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel, e o modelo jurídico será o de direito de superfície.

 

08 - Forte do Guincho (Cascais)

Construído por volta de 1642, integrava o conjunto das fortalezas que formavam uma cintura defensiva na costa de Cascais, construídas na época pós-Restauração.

A fortaleza – imóvel de Interesse Público - desenvolve-se em planimetria rectangular, dividindo-se em dois espaços distintos, o menor do lado de terra, que correspondia aos alojamentos dispostos em torno de um pátio, e outro maior, a plataforma da bateria, que inicialmente albergava sete peças de artilharia.

A fortaleza encontra-se desocupada, numa localização privilegiada junto ao mar.

A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel e o modelo jurídico é o de concessão.

 

09 - Castelo de Portalegre (Portalegre)

Castelo medieval construído no reinado de D. Dinis, por volta de 1290.  Nesta fortificação, relacionada com a defesa da fronteira alto-alentejana, destaca-se a Torre de Menagem, com pavimentos interiores cobertos por abóbadas e planta quadrangular regular, bem integrada na muralha característica da arquitectura gótica militar. Existem ainda três torres, das doze que possuía inicialmente, uma das quais a Torre Norte que actualmente, pela sua altura, constitui o verdadeiro símbolo cenográfico do passado medieval da cidade.

O Castelo – Moumento Nacional - sofreu já obras de restauro, tendo ainda sido alvo de intervenção de modo a poder ser instalado no seu interior um museu, actualmente em funcionamento.

A área a afetar ao uso turístico é a totalidade do imóvel, e o modelo jurídico será o de concessão.

 

10 - Quinta do Paço de Valverde (Évora)

Quinta com paço episcopal cuja origem teve início no séc. XVI, perto da ribeira de Valverde, por iniciativa da diocese eborense, ou Mitra de Évora, e que serviu de local de descanso aos seus membros. Posteriormente o Infante Dom Henrique, fundou nos terrenos da quinta um convento de frades capuchos, cuja comunidade aí se instalou em 1517. Do primitivo edifício quinhentista conservam-se muitos vestígios arquitectónicos, alguns de feição manuelina como é o caso da capelinha existente na cerca conventual, pavimentada com azulejos da primeira metade do século XVI. No denominado Jardim de Jericó, sobressai o lago dos Cardeais, iniciado na segunda metade do século XVII e decorado em volta da estátua de Moisés.

Neste imóvel de Interesse Público destaca-se ainda, pelo seu valor arquitectónico, a capela do convento. Um perfeito exemplo de micro-arquitectura renascentista.

Após a extinção das ordens religiosas, em 1834, todo o conjunto acabou por ficar na posse do Estado.

A área a afetar a uso turístico será a totalidade do imóvel (a confirmar) e o modelo jurídico será o de direito de superfície.

 

11 - Mosteiro de Sanfins de Friestas

Monumento Nacional em Valença do Minho. Com características do chamado Românico do Alto Minho, e influência galega, o Mosteiro de Sanfins de Friestas sobressai na paisagem onde se insere, com as suas dependências monacais de estrutura e fenestração setecentista.

Destaca-se ainda a Igreja Românica que remonta ao ano de 604 depois de Cristo, com alterações posteriores. A norte e a nascente da igreja e em volta de um pátio subsistem as ruínas do mosteiro beneditino de dois pisos, assim como de um aqueduto e pequenos anexos. No primeiro nível subsistem arcadas lavradas em granito e alguns interiores com abóbadas. Parte do pequeno claustro tem características do séc. XVI e o segundo nível apresenta já características setecentistas.

A área a afectar a uso turístico é a totalidade das edificações, com excepção da Igreja. O modelo jurídico é o de concessão.

 

12 - Mosteiro de Santo André de Rendufe (Amares)

Num dos principais centros beneditinos portugueses, entre os séculos XII e XIV, o Mosteiro de Santo André de Rendufe teve origem em data anterior a 1090, ao tempo de Conde D. Henrique.

Localizado no concelho de Amares, isolado entre vinhas, tem acesso através de um imponente terreiro enquadrado com a fachada barroca da Igreja e o conjunto monástico a sul, onde se situava a biblioteca edificada em 1716, o dormitório que remonta a 1728 e o claustro do qual subsistem as ruínas do primeiro nível com arcadas e capitéis toscanos.

O conjunto monástico – imóvel de Interesse Público - encontra-se actualmente em ruínas, mantendo contudo a silhueta arquitectónica e o marcante aqueduto. A cobertura do dormitório foi recentemente reabilitada.

A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel, com excepção da igreja. O modelo jurídico é o de direito de superfície.

 

13 - Convento de Santa Clara - Vila do Conde

Situa-se numa pequena colina, na periferia da malha urbana de Vila do Conde, com excelentes vistas sobre o Vale do Rio Ave e sobre a própria cidade.

Imóvel de Interesse Público integrado num vasto conjunto monumental que integra também a Igreja Gótica de Santa Clara, o respectivo claustro e o aqueduto, este Convento feminino foi instituído em 1318 por D. Afonso Sanches, filho bastardo de D. Dinis, e extinto no século XIX. O edifício conventual de Clarissas foi parcialmente reedificado em 1777, sendo alvo de sucessivas alterações até finais do século XX.

A sua volumetria assume-se de forma majestosa perante a vila e sobre o Vale do Rio Ave, com uma imagem neoclássica. Os corpos mais evidentes das fachadas apresentam-se integralmente em cantaria com sóbrio embasamento e dois pisos superiores com marcações verticais de pilastras entre os vãos. A marcante platibanda possui monumentais fogaréus no alinhamento das pilastras. A fachada sul sobre o Rio Ave apresenta um corpo central encimado por frontão igualmente marcante e um elemento escultórico representando Santa Clara e um Elefante. Os vãos de sacada são protegidos por imponentes gradeamentos de ferro e as fachadas que limitam o pátio a norte possuem um tratamento arquitectónico mais simples, sendo enquadradas pelo jardim que envolve o antigo claustro.

O convento foi recentemente reabilitado no que se refere a coberturas, fachadas, elementos pétreos e caixilharias de madeira pintada.

O convento de Santa Clara encontra-se integrado na Zona Especial de Protecção da Igreja de Santa Clara.

A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel. O modelo jurídico é o de direito de superfície.

 

14 – Colégio de S. Fiel – Louriçal do campo (Castelo Branco)

Situado na freguesia de Louriçal do Campo, junto à Serra da Gardunha, foi, entre 1863 e 1910, estabelecimento de ensino da Companhia de Jesus. Extinto em 1910, em resultado da confiscação dos bens da Igreja Católica após a implantação da República, viria a perder a importância e o brilho de outrora. Do princípio da década de 1920 até Outubro de 2003, foi reformatório, uma instituição para menores corrigíveis colocados pelas Tutorias de Infância (Tribunal de Menores). Encerrou definitivamente a sua actividade, estando actualmente sem qualquer tipo de utilidade.

A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel (excluindo a área de campo de jogos e piscina). O modelo jurídico é o de direito de superfície.

 

15 – Mosteiro de Lorvão (Penacova)

É um dos antigos mosteiros da Europa e Monumento Nacional. A sua fundação não se conhece ao certo, mas os primeiros documentos conhecidos relativos ao Mosteiro de Lorvão datam de 878 e são testemunho da existência de uma comunidade que desempenhou um papel de relevo no repovoamento desta região.

Em 1200, o Mosteiro viria a ser reformado para a Ordem de Cister,  passando para congregação feminina.

Com a crise gerada pela Revolução Liberal do Porto de 1820, a comunidade acabou por decair, dando início à espoliação de todas as riquezas acumuladas durante séculos, deixando as últimas freiras de Lorvão na mais degradante miséria.

Inserido num profundo vale,  o mosteiro é hoje maioritariamente constituído por edifícios que foram reformados nos séculos XVII e XVIII, caso da Igreja, construída entre 1748 e 1761, seguindo o estilo Joanino do Convento de Mafra, com um imponente Órgão de 61 registos em estilo rococó. O Mosteiro alberga um Museu, situado na Sala do Capítulo, com uma importante colecção de pintura, cerâmica, mobiliário e tapeçaria dos séculos XVII e XVIII.

O claustro de traça renascentista é ladeado por 13 capelas, actualmente despojadas, construídas no decorrer do século XVII.

A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel, com excepção da igreja. O modelo jurídico é o de concessão.

 

16 - Palácio de Manique do Intendente (Azambuja)

O palácio, localizado na praça principal de Manique do Intendente, impõe-se pela sua monumental fachada que integra ao centro a capela. Os corpos laterais são abertos, no piso superior, por janelas de verga recta com frontão curvo, a que correspondem no piso térreo, vãos simétricos. Ambos os corpos são rematados por balaustrada interrompida por socos coroados por esculturas.

A construção do palácio deve-se ao intendente Diogo Inácio de Pina Manique (1733-1805) que desempenhou vários cargos no tempo do Marquês de Pombal. A sua ligação à povoação que veio a ser designada por Manique do Intendente, e que inicialmente constituía o Prazo de Alcoentrinho, pertença da Ordem de Cristo, provém do tempo do seu tio, que instituiu um morgadio a favor do sobrinho em 1773. Assim se iniciou um projecto muito ambicioso, que previa a criação de uma vila de configuração arquitectónica racionalista e que incluía, para além do palácio (cuja obra ficou inacabada), a Câmara Municipal, o pelourinho, o Palácio da Justiça e a igreja. Tal plano não foi avante face ao afastamento de Pina Manique do cargo de intendente e à sua morte prematura.

Imóvel de Interesse Público, a área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel, excluindo a capela. O modelo jurídico é o de direito de superfície.

 

17 – Quartel da Graça (Lisboa)

A sua origem remonta a 1291, tendo sido reedificado em meados do Séc. XVI e restaurado no Séc. XVIII. A frontaria forma dupla fachada, em ângulo, constituída pela igreja e antiga portaria, sobre a qual se eleva a torre sineira.

Foi classificado como Monumento Nacional no início do séc. XX, já depois da implantação da República. O Exército ocupou-o até há poucos anos.

O modelo jurídico é o de concessão.

 

18 - Forte da Ínsua - Caminha

Fortificação marítima abaluartada com planta estrelada irregular, possui no seu interior um convento ampliado em 1676, mas com origem franciscana do século XIV, erguido por determinação de D. João I de Portugal.

Em volta da Praça de Armas desenvolvem-se as edificações aquarteladas e o convento, de estrutura austera, com igreja de planta longitudinal de única nave, com abóbadas de berço, sacristia e claustro. As alas do claustro são compostas por colunatas jónicas. O poço existente é um dos três únicos no mundo que se localizam no mar e são de água potável. É protegido com a classificação de Monumento Nacional.

A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel. O modelo jurídico é o de concessão.

 

19 – Forte da Barra – Gafanha da Nazaré (Aveiro)

O Forte da Barra, imóvel de Interesse Público, também designado como Forte Pombalino, Forte Novo ou Castelo da Gafanha, foi construído em 1640, na Gafanha da Nazaré, durante a Guerra da Restauração, ostentando, por força da sua função, uma arquitectura militar seiscentista.

 Em 1974, o Forte foi considerado Imóvel de Interesse Público. Continua a desempenhar funções de apoio à sinalização da navegação interna, tendo sido construído com linhas defensivas e baluartes angulados típicos da sua época.

A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel e mais dois edifícios anexos. O modelo jurídico é o de concessão.

 

20 – Forte do Rato (Tavira)

Imóvel de Interesse Público, o forte foi mandado construir durante o reinado de D. Sebastião para proteger a foz do rio Gilão e a entrada do porto de Tavira. Com a construção do Forte de São João, em 1670, novo esteio na defesa da barra de Tavira, o Forte do Rato passou a ter um papel secundário na estratégia defensiva.

A presença militar no forte foi sendo cada vez menor ao longo do início do séc. XIX, até que a guarnição foi extinta em 1840.

A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel. O modelo jurídico é o de concessão.

 

21 - Casa de Marrocos (Idanha-a-Velha)

Localiza-se em Idanha-a-Velha, nas proximidades da Basílica Paleocristã e da Vila Romanae está integrado no conjunto arquitectónico e arqueológico de Idanha-a-Velha - Monumento Nacional. O solar urbano denominado Casa de Marrocos, construído durante o século XX nunca viria a ser acabado. Crê-se que o solar tenha sido edificado sobre o antigo fórum romano.

Pertenceu a uma das mais importantes famílias de proprietários rurais da região e integra diversas construções agro-pecuárias em volta de pátios que formam um grande quarteirão fechado.

Construída na década de 50, num estilo eclético alinhado com o estilo “Português Suave” tardio, apesar da autoria de projectista desconhecido é notável o apuro construtivo em diversas soluções arquitectónicas, como a cantaria de granito. Destaca-se, ainda, a escada interior de caracol de granito que percorre os três pisos.

A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel. O modelo jurídico é o de direito de superfície.

 

22 - Armazéns Pombalinos – Vila do Bispo

Situam-se na Praia da Boca do Rio que possui um amplo areal onde desagua a Ribeira de Budens, nos limites orientais do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, a sudeste da povoação de Budens. A falésia nascente é encimada pelo Forte de São Luís de Almádena.

Imóvel de Interesse Público, os Armazéns Pombalinos da extinta Companhia Geral das Reais Pescarias do Reino do Algarve, fundada no ano de 1773, foram construídos na sua totalidade sobre alicerces romanos. Em particular sobre a área do balneário que serviu de fundação aos Armazéns, os quais reaproveitaram muitas das estruturas e materiais antigos das ocupações anteriores.

Os Armazéns Pombalinos apresentam-se com dois corpos rectangulares, com cobertura de duas águas, edificados lado a lado formando um quadrado. Presentemente mantêm-se apenas as paredes de alvenaria exterior, com pequenos vãos nas fachadas nascente.

As ruínas romanas, ainda existentes nas imediações dos Armazéns Pombalinos, são visitáveis.

A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel. O modelo jurídico é o de concessão.

 

23 – Santuário do Cabo Espichel (Sesimbra)

As Hospedarias, constituídas por duas alas de edifícios de rés-do-chão e primeiro andar, sobre arcadas de pedra, que ladeiam a Igreja de Nossa Senhora do Cabo, delimitam o terreiro do arraial. “Trata-se de construções típicas da arquitectura popular saloia, que assim contrastam com o carácter erudito da igreja barroca”. Imóvel de Interesse Público, a área a afetar a uso turístico é a ala Norte das antigas hospedarias. O modelo jurídico é o de direito de superfície.

 

24 - Quartel do Carmo – Horta (Açores)

Situa-se num planalto da cidade da Horta, na ilha do Faial, no arquipélago dos Açores, de onde se vislumbram esplêndidas vistas sobre o casario e sobre o porto, tendo como horizonte o oceano e a silhueta da Ilha do Pico.

A construção deste imóvel teve início no Século XVII como Convento da Ordem dos Carmelitas.

Após a construção de uma capela que foi dedicada à evocação de Nossa Senhora da Boa Nova, D. Helena de Boim, esposa do então Capitão-mor Francisco Gil da Silveira, decidiu criar um hospício, com o fim de alojar os frades da Ordem dos Carmelitas. Assim, D. Helena de Boim viria a doar todos os seus bens à Ordem dos Carmelitas, que nos terrenos junto à capela deram início à construção do convento e mais tarde à Igreja de Nossa Senhora do Carmo que lhe está anexa.

No século XX foi adaptado para acolher a Companhia de Infantaria da Horta, tendo sofrido obras de recuperação significativas face a fortes danos entretanto ocorridos devido a sismos que abalaram a ilha. Mantém, ainda, alguns elementos arquitetónicos da sua origem, nomeadamente, algumas arcadas e abóbodas de berço.

A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel, com excepção da igreja. O modelo jurídico é o de direito de superfície.

 

25 - Forte de São Pedro (Estoril-Cascais)

Situado na praia da Poça, o Forte de São Pedro também denominado de Forte Velho fazia parte do conjunto de fortalezas joaninas edificadas entre 1642 e 1648, cuja disposição visava formar uma linha defensiva entre São Julião da Barra e o Cabo da Roca. Segundo indica uma inscrição colocada no portal da fortaleza, a sua construção iniciou-se em Abril de 1642, concluindo-se no ano seguinte.

Imóvel de Interesse Público, de planimetria rectangular, o corpo principal da fortaleza albergava os alojamentos, dispostos em torno de um pátio, cobertos por um terraço. No espaço contíguo dispunha-se a bateria do forte, de estrutura alongada. O conjunto era rodeado por um parapeito exterior de formato irregular, que formava uma primeira barreira defensiva.

Actualmente, a estrutura do Forte de São Pedro encontra-se adulterada. Na realidade, esta fortaleza apresentava uma disposição em tudo semelhante à fortificação de São Teodósio, embora de dimensões superiores.

Depois da sua desactivação, no século XIX, o Forte de São Pedro passou por diversas tutelas, que em diferentes épocas deram distintas utilizações ao espaço. Em 1954 foi transformado em Casa de Chá, e a partir de 1957 foi arrendado a um particular, passando a albergar inicialmente um restaurante e posteriormente uma discoteca.

A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel. O modelo jurídico é o de concessão.

 

Situa-se a 4 

26 - Palácio das Obras Novas (Azambuja)

O Palácio das Obras Novas, também conhecido por Palácio da Rainha, edificado na Foz da Vala Real (finais do século XVIII, princípios do século XIX), integrava um conjunto de Obras Novas para a época. Situado na margem esquerda do Rio Maior ou Canal da Azambuja, disfruta de vistas privilegiadas sobre a envolvente.

Este palácio funcionou como um posto de controlo do tráfego de embarcações, de pessoas e de mercadorias, que transitavam através da Vala Real, e também como entreposto e estalagem de apoio à antiga carreira de vapores que fazia o circuito entre Lisboa e Vila Nova de Constância. A sua envergadura e o encanto natural de toda a zona envolvente atraíram várias figuras da nobreza a passarem ali largos períodos de descanso.

O palácio, de arquitectura neoclássica, traduz robustez, sobriedade e monumentalidade, apesar do seu avançado estado de degradação.

A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel. O modelo jurídico é o de concessão.

 

27 - Coudelaria de Alter – Alter do Chão

Situa-se a 4 Km da Vila de Alter do Chão, na Herdade da Tapada do Arneiro, em pleno Alto Alentejo.

A Coudelaria de Alter foi criada em 1748, no âmbito de uma nova política coudélica, iniciada em 1708 pelo Rei D. João V, consequência da moda europeia. Está instalada na Herdade da Tapada do Arneiro, propriedade integralmente murada, com uma área aproximada de 800 hectares, com um notável património natural de grande valor paisagístico, florístico e faunístico, sendo a mais antiga e notável Coudelaria Portuguesa e, no mundo, a que mais tempo leva de funcionamento ininterruptamente no assento originário.o, em pleno Alto Alentejo.

Nas cavalariças pode-se admirar a grandiosidade e beleza do cavalo Lusitano, ferro Alter Real, que permite o desenvolvimento da Arte Equestre.

As edificações que integram a coudelaria possuem características arquitectónicas muito distintas. Por exemplo, uma antiga igreja, transformada em espaço de exposições/recepção e escritórios no andar superior (onde se acede por escada exterior). Outra de finais do século XIX, classificada em Turismo no Espaço Rural, como Casa de Campo, com 9 unidades de alojamento (3 na casa principal e 4 no anexo) e no exterior uma piscina. As restantes sete foram construídas durante o Estado Novo e correspondem ao antigo Edifício Administrativo, ao lindíssimo Picadeiro, à Enoteca, ao Lagar, à Casa dos Trens, à Galeria de Exposições (apoiada por cafetaria e loja) e ao conjunto das Pocilgas.  

O modelo jurídico é o de direito de superfície.

 

28 – Convento de Santo António dos Capuchos (Leiria)

Encontra-se integrado na malha urbana da cidade e na proximidade do Castelo de Leiria.

O convento de Santo António dos Capuchos foi erigido em 1657, por D. Pedro Vieira da Silva (então secretário de Estado, mas que veio a ser Bispo de Leiria).

Desde essa época, foi alvo de duas intervenções, uma no século XVIII e outra no início de Novecentos, conforme as datas inscritas na frontaria da igreja. O templo primitivo, de dimensões reduzidas, foi ampliado em 1770, época em que se construíram os corpos laterais e, muito possivelmente, os portais laterais barrocos e o revestimento azulejar da nave.

Com a extinção das Ordens Religiosas, em 1834, o convento ficou na posse do Estado que, em 1864, o transformou em Hospital Militar. Já no século XX, em 1904, a igreja foi alvo de uma intervenção de restauro, o que não impediu a profunda ruína que lhe sucedeu...

A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel. O modelo jurídico é o de direito de superfície

 

29 - Convento de São Francisco - Portalegre

Situado na área urbana da cidade de Portalegre, a fundação do Convento de São Francisco terminou em 1275. Iniciou-se como convento masculino, mendicante, de fundação ducentista, com intervenções renascentistas (sarcófago e retábulo), maneiristas (retábulo da capela de Gaspar Fragoso e em pinturas murais das capelas da nave) e barrocas (altar-mor e painéis de azulejos barrocos na capela-mor).

A extinção das Ordens Religiosas determinou a rápida degradação do convento, parcialmente adaptado como quartel. A igreja passou também para a posse dos militares em 1910, altura em que deixou de estar aberta ao culto.

Mas, ainda no séc. XIX, as alas conventuais foram alteradas e ampliadas para a instalação de uma unidade fabril ligada à indústria corticeira, a Fábrica Robinson, a mais antiga e uma das maiores fábricas de transformação de cortiça do mundo. As suas duas chaminés são um ex-libris da cidade. Para além destas e do edifício fronteiro existem ainda os edifícios de armazéns e a “quadra”, que serviam de anexos à estrutura principal do convento, a oficina da prancha e armazém da prancha, que serviam ambos para armazenar e tratar as pranchas de cortiça em bruto, e, ainda, o edifício das rolhas, já do final do séc. XIX.

Às estruturas do complexo fabril, que chegou a dar emprego na cidade a milhares de trabalhadores, tanto as originárias do antigo convento como as levantadas de raiz, acrescem as habitações dos trabalhadores e proprietários, bem como as infraestruturas de apoio (ex: creche).

A área a afetar a uso turístico é a uso turístico é a totalidade do imóvel, com excepção do edifício ocupado pela Liga dos Combatentes. O modelo jurídico é de o de direito de superfície.

 

30 - Forte de S. Roque da Meia Praia (Lagos)

Sobranceiro à Meia Praia, tendo o Oceano Atlântico e a baía de Lagos como horizonte, o forte foi construído por volta de 1670, por ordem de D. Luís da Cunha e Ataíde, Conde de Pontével, para defender a Praia de S. Roque (antiga denominação da Meia Praia) e a foz da Ribeira da Carrapateira, que no Século XX já tinha desaparecido completamente. Fazia parte de um conjunto de fortificações, cujo propósito era defender a costa à volta da cidade de Lagos dos constantes ataques de piratas e corsários.

O sismo de 1755 danificou-o seriamente, tendo sido foi reparado em 1796, perante a ameaça das Invasões Francesas. Abandonado e destruído, foi cedido em 1873 à Alfândega de Faro, sendo aí instalado um posto de fiscalização.

Imóvel de Interesse Público, a área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel, e o modelo jurídico é o de concessão.

 

Fontes: Revive – Turismo de Portugal e outras