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Turismo

 

Mais de metade dos restaurantes fechados e 31% dos Alojamentos com actividade suspensa

8 de fevereiro de 2021

No primeiro mês do ano, 51% da restauração encerrada e 36% pondera insolvência. Quanto aos alojamentos, 31% está com actividade suspensa, 42% não registou qualquer ocupação, e 32% indicou uma ocupação até 10%.

De acordo com o inquérito de Janeiro, mensalmente realizado pela AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, os números são preocupantes para o sector.

Relativamente à restauração e similares: 51% das empresas indicam estar com a atividade totalmente encerrada; 36% das empresas ponderam avançar para insolvência, dado que as receitas realizadas e previstas não permitirão suportar todos os encargos que decorrem do normal funcionamento da sua actividade.

Para as empresas inquiridas, a quebra de facturação do mês de Janeiro foi avassaladora: 79% das empresas registaram perdas acima dos 60%; Como consequência da forte redução de facturação, 18% das empresas não conseguiram efectuar o pagamento dos salários em Janeiro e 18% só o fez parcialmente.

Perante esta realidade, 44% das empresas já efectuaram despedimentos desde o início da pandemia. Destas, 19% reduziram em mais de 50% os postos de trabalho a seu cargo. 19% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do primeiro trimestre de 2021.

No que respeita aos apoios à manutenção dos postos de trabalho, 25% das empresas não apresentaram candidatura ao lay off simplificado, e destas, 14% indicaram como motivo a possibilidade de poderem efetuar despedimentos.

Quanto aos novos programas de apoio a fundo perdido, muitas empresas vão ficar de fora: 38% não apresentaram candidatura ao Apoiar.PT, das quais 67% não cumprem com os requisitos de acesso; Em relação ao Apoiar + Simples, específico para ENI no regime simplificado, apenas 20% tinham apresentado candidatura à data de preenchimento do inquérito, e 36% indicaram estar excluídos deste apoio: 29% por quebras inferiores a 25% e 17% por não terem trabalhadores a cargo.

Por último, no recentemente disponibilizado Apoiar Rendas, 35% das empresas também indicaram estar excluídas, das quais 27% registam quebras inferiores a 25% e 17% têm capitais próprios negativos.

No que diz respeito ao Alojamento Turísticos: 31% das empresas indicam estar com a actividade suspensa; Das empresas com actividade em funcionamento, em Janeiro, 42% não registou qualquer ocupação, e 32% indicou uma ocupação até 10%. Para o mês de Fevereiro, 65% das empresas estimam uma taxa de ocupação zero, e 19% das empresas perspetivam uma ocupação máxima de 10%; À data de preenchimento do inquérito, apenas 12% das empresas indicaram ter reservas para o período da Páscoa.

16% das empresas ponderam avançar para insolvência por não conseguirem suportar todos os normais encargos da sua actividade. Para as empresas inquiridas, a quebra de facturação do mês de Janeiro foi devastadora: 56% das empresas registaram perdas acima dos 90%.

Como consequência da forte redução de facturação, 26% das empresas não conseguiram efectuar pagamento de salários em Janeiro e 8% só o fez parcialmente. Ao nível do emprego, 28% das empresas já efectuaram despedimentos desde o início da pandemia. Destas, 34% reduziram em mais de 50% os postos de trabalho a seu cargo. 8% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do primeiro trimestre de 2021.

No que respeita aos apoios à manutenção dos postos de trabalho, 29% das empresas não foram elegíveis para apresentar candidatura ao Apoio à Retoma Progressiva, e destas, 17% indicaram como motivo terem recorrido ao Incentivo Extraordinário em 2020, na modalidade de 2 SMN.

Quanto aos novos programas de apoio a fundo perdido, muitas empresas vão ficar de fora: 50% não apresentaram candidatura ao Apoiar.PT, das quais, 34% não cumpre com os requisitos de acesso;

Em relação ao Apoiar + Simples, específico para ENI no regime simplificado, apenas 10% tinham apresentado candidatura à data de preenchimento do inquérito.

Por último, no recentemente disponibilizado Apoiar Rendas, 21% das empresas também indicaram estar excluídas, 25% das quais pelo facto do contrato não ser enquadrado como arrendamento para fins não habitacionais, e 15% por terem registado quebras inferiores a 25%.

"Face aos resultados apresentados, é evidente a insuficiência dos apoios até aqui disponibilizados e a necessidade urgente do seu reforço. Por outro lado, as mais de 95% de micro e pequenas empresas da restauração e alojamento não têm capacidade para aceder à complexidade destes apoios", refere a associação em comunicado.

Perante esta situação, a AHRESP apresentou ao Governo a criação de um Mecanismo Único de Apoio às Empresas, que permita um acesso ágil, simplificado e concentrado, através de uma única candidatura, aos apoios disponíveis.

A AHRESP admite que este é o momento "de apoiar as 120.000 empresas da restauração, similares e alojamento turístico, os 400.000 postos de trabalho directos que têm a seu cargo, e os muitos outros milhares de empresas e de postos de trabalho que dependem de nós, e da nossa existência enquanto actividade económica".