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Turismo

 

Desconfinamento incentiva o início da retoma na restauração e no alojamento

12 de maio de 2021

O inquérito mensal da AHRESP relativo ao mês de Abril indica melhorias face aos inquéritos anteriores. Ainda assim, 26% das empresas da Restauração e 11% das empresas do Alojamento mantêm intenções de requerer insolvência.

As conclusões do inquérito da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal do mês de Abril, que contou com 807 respostas válidas, apresentam os seguintes resultados:

•             Restauração e Similares:

- 26% das empresas ponderam avançar para insolvência, dado que as receitas realizadas e previstas não permitirão suportar todos os encargos que decorrem do normal funcionamento da sua atividade;

- Para 52% das empresas inquiridas, a quebra de faturação do mês de abril foi acima dos 40%;

- Como consequência da ainda forte redução de faturação, 11% das empresas não conseguiram efetuar o pagamento dos salários em abril e outras 11% só o fez parcialmente;

- Perante esta realidade, 40% das empresas já efetuaram despedimentos desde o início da pandemia. Destas, 59% reduziram até 25% os postos de trabalho a seu cargo. 7% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do mês de junho;

- Sem mais apoios a fundo perdido, 31% das empresas assume que não conseguirá manter os negócios a funcionar.

•             Alojamento Turístico:

- 19% das empresas indicam estar com a atividade suspensa;

- Em abril, 43% não registou qualquer ocupação, e 27% indicou uma ocupação até 10%. Para o mês de maio, 32% das empresas estimam uma taxa de ocupação zero, e 28% das empresas perspetivam uma ocupação máxima de 10%;

- 11% das empresas ponderam avançar para insolvência por não conseguirem suportar todos os normais encargos da sua atividade;

- Para 40% das empresas inquiridas, a quebra de faturação do mês de abril foi acima dos 90%;

- Como consequência da forte redução de faturação, 22% das empresas não conseguiram efetuar pagamento de salários em março e 5% só o fez parcialmente;

- Ao nível do emprego, 30% das empresas já efetuaram despedimentos desde o início da pandemia. Destas, 25% reduziram em mais de 50% os postos de trabalho a seu cargo. 4% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do mês de junho.

"Apesar do contexto sanitário mais favorável, que nos obriga a um estado de alerta permanente, há contudo um longo e doloroso caminho a percorrer, para a recuperação da débil situação em que tecido empresarial do Canal HORECA mergulhou", indica a AHRESP.