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Habitação by century 21

 

Preço de venda das casas em Portugal aumenta para 1.011 €/m2

25 de julho de 2019

O preço mediano de venda de habitação em Portugal aumentou para 1.011 euros por metro quadrado no primeiro trimestre deste ano, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE), destacando o crescimento registado nos concelhos da Amadora e Porto.

Apesar de Lisboa continuar a registar os preços mais elevados do país, na ordem dos 3.111 euros por metro quadrado (€/m2), “Amadora (+22,7%) e Porto (+22,0%) registaram as taxas de crescimento homólogo mais elevadas entre as cidades com mais de 100 mil habitantes”, segundo as estatísticas de preços da habitação ao nível local, relativas ao primeiro trimestre deste ano.

De acordo com os dados do INE, o preço mediano de venda de habitação em Portugal foi de 1.011 €/m2 no primeiro trimestre deste ano, o que representa “um aumento de +1,5% relativamente ao trimestre anterior e +6,4% relativamente ao trimestre homólogo”.

 

Região do Algarve à frente da Área Metropolitana de Lisboa no top dos preços

Durante o período em análise, 46 municípios portugueses, localizados no Algarve (1.562 €/m2), na Área Metropolitana de Lisboa (1.355 €/m2) e na Região Autónoma da Madeira (1.197 €/m2), apresentaram um preço mediano de venda de habitação superior ao valor nacional.

Depois de Lisboa (3.111 €/m2), os concelhos com o preço mediano de vendas de habitação mais elevado do país, com valores acima de 1.500 €/m2, são Cascais (2.389 €/m2), Oeiras (2.062 €/m2), Loulé (1.983 €/m2), Lagos (1.800 €/m2), Albufeira (1.761 €/m2), Porto (1.682 €/m2), Tavira (1.669 €/m2), Odivelas (1.563 €/m2), Lagoa (1.544 €/m2), Funchal (1.542 €/m2) e Vila Real de Santo António (1.534 €/m2).

“As cidades de Vila Nova de Gaia (1.004 €/m2) e Braga (833 €/m2) mantiveram, tal como em trimestres anteriores, preços inferiores ao valor nacional”, de acordo com os dados estatísticos.

 

Lisboa: 3 freguesias com preços acima dos 4.000€/m2

No concelho de Lisboa, três das 24 freguesias lisboetas verificaram “preços superiores a 4.000 €/m2”, designadamente Santo António, Santa Maria Maior e Misericórdia, apurou o INE.

Em relação ao Porto, entre as sete freguesias da cidade, a União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde foi a que registou o preço mediano dos alojamentos vendidos mais elevado (2.324 €/m2).

Relativamente à amplitude de preços entre municípios, a Área Metropolitana de Lisboa foi a sub-região onde se verificou a maior diferença, na ordem dos 2.437 €/m2, enquanto o menor valor registou-se na Moita (674 €/m2), destacando-se ainda o Algarve, a Região Autónoma da Madeira e a Área Metropolitana do Porto com diferenciais de preços entre municípios superiores a 1.000 €/m2.

Segundo as estatísticas de preços da habitação ao nível local, no primeiro trimestre deste ano, em Portugal, o preço mediano de vendas de alojamentos novos foi de 1.132 €/m2 e para os alojamentos existentes o valor situou-se em 991 €/m2.

 

Alto Alentejo: a região mais barata para comprar casa nova ou em 2.ª mão

Neste âmbito, as sub-regiões Área Metropolitana de Lisboa (1.769 €/m2), Algarve (1.695 €/m2), Região Autónoma da Madeira (1.340 €/m2) e Área Metropolitana do Porto (1.200 €/m2) apresentaram um preço mediano de venda de alojamentos novos acima do valor nacional, indicou o INE, acrescentando que “no caso dos alojamentos existentes apenas três destas sub-regiões superaram o referencial nacional”, com o preço mais elevado a verificar-se no Algarve (1.534 €/m2), seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (1.307 €/m2) e a Região Autónoma da Madeira (1.159 €/m2).

Entre as 25 NUTS III (Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins estatísticos) em Portugal, o menor preço mediano de alojamentos existentes e novos vendidos verificou-se no Alto Alentejo (440 €/m2 e 630 €/m2, respetivamente) e, à semelhança de trimestres anteriores, a Área Metropolitana de Lisboa apresentou a maior diferença entre o preço de alojamentos novos e o de alojamentos existentes (462 €/m2).

Produzidas pelo INE, as estatísticas de preços da habitação ao nível local em Portugal têm periodicidade trimestral, analisando os alojamentos familiares transaccionados por venda no território nacional, através do aproveitamento de fontes administrativas, nomeadamente dos dados fiscais anonimizados obtidos da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), relativos ao Imposto Municipal sobre as Transacções Onerosas de Imóveis (IMT) e ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI)

Lusa/DI