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Habitação by century 21

 

Poupar com a transferência do Crédito Habitação

20 de maio de 2020

Para quem necessita de poupar dinheiro, o Doutor Finanças indica que pode acontecer se transferir o Crédito Habitação mesmo estando em lay-off ou tenha pedido uma moratória.

A transferência do crédito habitação da instituição actual para outra entidade financeira pode ser uma forma de libertar uma folga financeira e preparar-se para o futuro. 

Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças, refere que actualmente, “apesar de o país estar a voltar a abrir as lojas e a regressar a alguma normalidade, este ainda é um momento de incertezas para muitos. Por isso, e mais do que nunca, é altura de rever todas as despesas e perceber onde se pode poupar. Sendo o crédito habitação uma das maiores fatias de um orçamento familiar, este também se pode converter na maior fonte de poupança”.

A consultora indica que o ganho que se consegue com a transferência de crédito habitação deve-se à redução da prestação mensal, por revisão do valor do spread. Além disso, podemos ter a oportunidade de retirar produtos de que não necessitamos com a negociação do novo crédito, assim como de poupar nos seguros associados ao crédito habitação.

É, assim, possível fazer a transferência do crédito habitação para outra entidade bancária, obtendo uma prestação mais baixa. Se tivermos como base um spread igual ou superior a 1,4% e se já passaram dois anos desde que contratámos o nosso crédito habitação, esta talvez seja uma boa altura para verificar se existem outras entidades bancárias que ofereçam melhores condições no que ao crédito habitação diz respeito, reflectindo-se naturalmente na prestação mensal.

Avaliação da situação atual

Caso tenha intenção de transferir o nosso crédito, tem-se sempre de fazer uma avaliação da situação pessoal e financeira. Com esta avaliação consegue-se saber se está elegível para conseguir melhores condições ou não, uma vez que nem todos os processos são aprovados.

“A comodidade é a maior rival da poupança. Em muitos casos, o problema não é a ausência de condições para transferir o crédito ou uma taxa de esforço elevada. O grande problema é a inércia. Ou seja, todos nós gostaríamos de reduzir custos, mas pensamos que isso dá trabalho. Contudo, nos casos em que é possível, o trabalho compensa muito porque resulta numa poupança quer será para a vida”, comenta o responsável.

Seja em época de Covid-19, ou não, mesmo se estiver desempregado pode sempre tentar melhores condições para o seu crédito habitação, nomeadamente através da sua transferência. O mesmo se aplica para quem está em lay-off, por exemplo. Sendo certo que a aprovação desta operação ficará condicionada à aceitação de risco de crédito por parte do banco para onde pretende fazer a mesma.

Tal como noutras situações, o banco vai avaliar a sua capacidade de cumprir com o pagamento do crédito, o que naturalmente dependerá dos rendimentos que tiver e da taxa de esforço que isso implicar. De realçar que as prestações não devem ultrapassar 35% dos seus rendimentos.

Moratórias

Outra questão prende-se com a moratória no crédito habitação. Esta foi mais uma das medidas implementadas para fazer face à pandemia que assolou o país e o mundo recentemente. Através dela é possível proceder à suspensão do pagamento de um crédito por um determinado período de tempo. Mas mesmo que já tenha aderido à moratória de crédito pode tentar perceber que condições de financiamento tem actualmente e confirmar se não existem outras melhores no mercado. Poderá assim começar a preparar a transferência do seu empréstimo.

Exemplo

O Carlos poupou mais de 22.500 euros com a transferência do seu crédito habitação.

O Carlos (nome fictício) tinha um spread de 1,45%, uma dívida de 138.000 euros e uma prestação mensal de 384,36 euros. Após analisar o seu caso o Doutor Finanças encontrou um banco com melhores condições. O seu spread passou para 1,1% e a sua prestação mensal para 346,47 euros. Esta ação confere uma poupança mensal de 37,89 euros. Ao multiplicarmos este valor pelos 467 meses em falta, o Carlos, no final do contrato, vai poupar 17.694,63 euros.

Além da poupança com o crédito habitação, o Carlos pagava ainda ao seu antigo banco as seguintes comissões: 5,50 euros de manutenção de conta, 17 euros de anuidade do cartão de débito, 2,50 euros de mensalidade do cartão de crédito e ainda 2,90 euros do processamento da mensalidade. Com a transferência do seu crédito ficou a pagar apenas 2 euros por comissões ao seu novo banco. A redução destas despesas representa no final do contrato uma poupança estimada de 4.817,88 euros. Juntando este valor ao montante anterior, a poupança ultrapassa os 22.500 euros. Associado a tudo isto ainda ficou sem a obrigatoriedade de utilização do cartão de crédito assim como a contratação de um seguro de recheio que o anterior banco obrigava (encargo de 10 euros/mês).

Este é um exemplo de uma poupança que parece pequena, mas que é muito significativa. Em alguns casos a poupança com a transferência do crédito habitação pode mesmo rondar a casa dos 60%.

A consultora recomenda a procura de aconselhamento financeiro para avaliar todas as alternativas e o ajudar a compreender qual a entidade financeira que oferece as melhores condições para a transferência de crédito.