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Habitação by century 21

 

Mercado de habitação no Porto ao 'rubro'

26 de junho de 2019

Em 2017 e 2018, o Porto registou a entrada de 5.666 fogos em processo de licenciamento, um volume que se distribui por 830 projectos residenciais e mantém-se como o segundo concelho com o maior pipeline residencial do país, seguindo-se a Lisboa, cuja carteira nesse período de dois anos ascendeu a 7.517 num total de 876 projectos.

Os dados são apurados pela Confidencial Imobiliário no âmbito da base de dados Pipeline Imobiliário. Este sistema estatístico tem por base os pré-certificados energéticos emitidos pela ADENE. Os pré-certificados são emitidos na fase de projecto, devendo obrigatoriamente integrar os processos de licenciamento municipal de obras (com excepção de reabilitações de menor profundidade ou de obras em edifícios classificados). Esta fonte cobre, portanto, a totalidade do universo de novas obras em lançamento de promoção nova e reabilitação.

A reabilitação é o tipo de obra predominante na habitação em pipeline no Porto, concentrando dois terços dos projectos contabilizados nestes dois anos (66%, ou seja, 550 projectos) e cerca de metade dos fogos (51%, ou seja, 2887 unidades). A construção nova gera, assim, 2.779 fogos distribuídos por 280 projectos. Em termos de tipologias, são os fogos de pequena dimensão (T0 e T1) que predominam no pipeline em desenvolvimento no concelho, concentrando 62% das unidades nos últimos dois anos, o que não é alheio ao facto de quase metade (42%) de toda a carteira do concelho nesse período se concentrar na zona da Baixa e Centro Histórico.

“Este é o eixo de maior pendor turístico e onde o investimento residencial tem tendido para as tipologias que dão uma resposta mais eficaz à utilização de curta-duração, ou seja, as de menor dimensão. Aqui, os T0 e T1 são três quartos de todos os fogos que entraram em processo de licenciamento nos últimos dois”, explica Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.

Na segmentação geográfica deste pipeline, no acumulado de dois anos, o Centro Histórico manteve-se como o claro destino de investimento em habitação no Porto (42% dos fogos contabilizados), seguido por Paranhos, Bonfim e Marginal, com quotas de 10% a 14%; e Ramalde, Foz e Campanhã com quotas de 5% a 7% nos fogos em desenvolvimento.