CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Habitação by century 21

 

Avaliação bancária da habitação bate recorde em Fevereiro, numa análise antes da pandemia

27 de março de 2020

A avaliação bancária para pedidos de crédito para compra de habitação atingiu em Fevereiro um novo recorde de 1.337 euros/m2, segundo dados do INE que ainda não têm em conta a situação da covid-19.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística - INE, "é de esperar que as tendências aqui analisadas se alterem substancialmente" de futuro, devido a esse surto e às suas consequências.

Segundo o indicador hoje divulgado, o valor médio de avaliação bancária foi 1.337 euros em Fevereiro, mais sete euros do que no mês anterior, o que representa um aumento relativo de 0,5%. Já face ao mesmo mês de 2019, o aumento é de 7,9%.

Por regiões, as que apresentaram valores na avaliação mais altos e superiores à média nacional foram Algarve (1.741 euros por metro quadrado), Lisboa (1.659 euros) e Madeira (1.429 euros).

Os valores que ficaram abaixo da média nacional foram registados em Norte (1.219 euros), Açores (1.156 euros), Centro (1.077 euros) e Alentejo (1.066 euros).

Quanto aos apartamentos, em Fevereiro, o valor médio de avaliação bancária foi 1.429 euros/metro quadrado (m2), aumentando 9,1% relativamente ao mês homólogo.

Já nas moradias, o valor médio foi de 1.177 euros/m2, mais 4,6% em relação mesmo mês do ano anterior.

Apesar de esta informação ainda não ter em conta as consequências da pandemia covid-19 e de o INE esperar que a tendência se altere consideravelmente, o instituto de estatística também considera que "a informação hoje disponibilizada é útil para estabelecer uma referência para avaliar desenvolvimentos futuros".

O INE diz ainda que, apesar da actuais circunstâncias, irá tentar manter o calendário de produção e divulgação de estatísticas, mas admite "alguma perturbação associada ao impacto da pandemia na obtenção de informação primária", pelo que apela à colaboração de empresas, famílias e entidades públicas na resposta às suas solicitações.

"Na verdade, a qualidade das estatísticas oficiais, particularmente a sua capacidade para identificar os impactos da pandemia covid19, depende crucialmente dessa colaboração que o INE antecipadamente agradece", refere na informação hoje divulgada.

LUSA/DI