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Arquitectura

 

 

"Melting Souls" de François-Xavier Destors vence o Arquiteturas Film Festival

13 de junho de 2019

“Melting Souls” de Francois-Xavier Destors vence prémio de Melhor Documentário na 7ª edição do Arquiteturas Film Festival. Um evento que apresentou nas salas do Cinema São Jorge, 62 filmes, 90% dos quais estreias portuguesas e algumas mundiais.

"Do corte à montagem, das sequências fílmicas à intriga subterrânea, este filme reflecte sobre as transformações na Rússia de Putin e a vida numa sociedade em que não se respira. A banda sonora do jovem músico e residente de Norilsk aumenta a complexa relação amor-ódio", salientaram os jurados, sobre o documentário vencedor. Um júri composto por pela arquitecta Ana Tostões, Presidente do DOCOMOMO Internacional, o geógrafo Álvaro Domingues, a arquitecta Isabel Barbas, o realizador Gerrit Messiaen, a artista e realizadora Petra Noordkamp e o arquitecto Tiago Oliveira, em representação da Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos (OASRS), considerou-o um “filme-documentário que nos coloca perante um paradoxo: da impossibilidade de nos vermos a viver em Norilsk, à sensação de que poderíamos ter ali a nossa experiência mais extrema".

Na categoria de Novos Talentos, o júri premiou "IRIS" de Lea Najjar, que conta como um "projeto concebido por arquitetos oferece ao pescador uma hipótese de vida mais digna". Esse projeto ilumina a "vida desse amante do mar, desse guardião da memória que as megalópoles estão metendo a um canto, esquecendo-os. A beleza das imagens de Lea Najjar homenageia vidas poéticas em risco de desaparecerem", salientou o júri.

Um prémio ex-aequo foi atribuído na categoria de Competição Experimental a duas películas: "Atlas of the Wounded Buildings” de Thadeusz Tischbein – um filme “ao mesmo tempo violento e poético" - e “Landing” de Shirin Sabahi, que o júri considerou surpreender "pela abordagem reflexiva sobre os aspectos inerentes à construção de um edifício corporativo icónico".

Na categoria Ficção foi “Lá vem o Dia (Here comes the Day)” de Mercês Tomaz Gomes, um filme “performativo, provocatório e incómodo" que mereceu a preferência do júri. "Lá Vem o Dia" é uma "alegoria da vida contemporânea (…) que põe em questão os encontros e desencontros das relações humanas", lê-se no relatório do júri.

O voto do público foi para o filme “The Proposal” de Jill Magid.