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Arquivos dos arquitectos Pedro Botelho e Maria do Rosário Beija depositados no Forte de Sacavém

6 de agosto de 2019

Os arquivos dos arquitectos Pedro Viana Botelho e Maria do Rosário Beija foram integrados no Forte de Sacavém, no Sistema de Informação para o Património Arquitectónico (SIPA), anunciou hoje a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC).

 

De acordo com a DGPC, a entrada destes arquivos no SIPA, realizada em 1 de Agosto, junta-se aos 36 espólios que ali se encontram, das áreas de arquitectura, engenharia, urbanismo, artes plásticas e design contemporâneos.

Este arquivo tem como âmbito cronológico 1980-2011, sendo constituído por diversas unidades arquivísticas, nas quais se integram fotografias, desenhos técnicos, esboços e esquissos.

Segundo a DGPC, "a variedade de registos encontra-se associada a uma riqueza e diversidade de conteúdos representativos das várias vertentes da actividade artística, científica e técnica dos seus autores", nos vários domínios abrangidos.

A integração do arquivo dos arquitextos Pedro Viana Botelho e Maria do Rosário Beija no acervo arquivístico do Forte de Sacavém, sob a tutela da DGPC, "insere-se numa política de salvaguarda e valorização de colexções e espólios documentais produzidos por entidades com axtividade relevante".

 

Percursos de meio século

Nascido em Lisboa, em 1948, Pedro Viana Botelho colaborou com os arquitectos Francisco Keil do Amaral, Nuno Teotónio Pereira e Nuno Portas, nos anos de 1970.

Diplomado em Arquitectura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, é professor auxiliar convidado no Departamento de Arquitectura e Urbanismo do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, desde 2003.

Também nos anos 1970 colaborou na equipa dos Serviços Centrais do SAAL (Serviço Ambulatório de Apoio Local), e exerceu a actividade nos Centros Regionais da Reforma Agrária de Portalegre e Setúbal, no Ministério da Agricultura e Pescas e nos Serviços Municipais de Habitação da Câmara Municipal de Évora.

Recebeu os prémios Valmor e Municipal de Arquitectura em 2008.

Presentemente trabalha em associação com a arquitecta Maria do Rosário Beija, com quem assinou projectos em conjunto, nomeadamente as intervenções no Liceu Pedro Nunes, em Lisboa, e no Liceu Diogo Gouveia, em Beja.

Maria do Rosário Beija nasceu em 1951, em Setúbal, e estudou arquitectura na Faculdade de Belas Artes de Lisboa, tendo colaborado, entre outros arquitectos, com Nuno Teotónio Pereira.

O 'site' da DGPC destaca, entre os trabalhos dos dois arquitectos, os empreendimentos EPUL Restelo e Laveiras/Caxias, a estação do Metro do Cais do Sodré, em Lisboa, e o Complexo de Couros, em Guimarães.

A consulta do arquivo será facultada ao público, designadamente através de meios electrónicos, à medida que o seu tratamento arquivístico e a sua digitalização forem sendo concretizados – informa a DGPC.

Lusa/DI