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Sherlock quer revolucionar a mediação imobiliária

7 de agosto de 2019

A ‘startup’ imobiliária de base tecnológica Sherlock angariou perto de 400 mil euros para lançar uma plataforma de inteligência artificial que tem como objectivo eliminar as comissões baseadas em percentagem e atingir 5% das transacções em Portugal.

Phil Illic, cofundador do projecto, revelou hoje que os empreendedores já angariaram “400 mil euros em ‘seed funding’ (financiamento inicial) até ao momento para a primeira versão da plataforma tecnológica e a Sherlock irá investir muito mais nos próximos meses e anos”.

Este montante foi angariado de investidores “maioritariamente do Reino Unido, França, e outros países. Portugal está rapidamente a tornar-se num ‘tech hub’ [centro de tecnologia] e com a dedicação da Web Summit ao país" muitas ‘startup’ mudam-se para território nacional, seguidas pelos investidores, de acordo com Phil Illic.

A Sherlock propõe-se a cobrar, por cada transacção imobiliária, uma comissão fixa de 3.999 euros, de acordo com informação divulgada pelo grupo e vai ainda desenvolver mais ferramentas úteis para quem quer vender e comprar casa, como uma “avaliação instantânea através de inteligência artificial” que “permite aos vendedores ver o valor das suas casas instantaneamente, preenchendo um simples formulário”, adiantou o mesmo responsável.

 

Chegar às 8.000 transacções...

“O nosso objectivo é construir uma plataforma que faz o processo de compra e venda o mais simples e acessível possível. Significa isto que estamos, agora, a analisar os pontos mais difíceis da experiência e a construir ferramentas para tornar o processo mais eficiente e mais amigo do consumidor”, garantiu o cofundador.

A ‘startup’ tem como objectivo “conquistar 5% das transacções imobiliárias em Portugal anualmente, nos próximos três anos. Isto representa 8.000 transacções e poupa ao consumidor português mais de 37 milhões de euros por ano”, destacou Phil Illic.

A plataforma espera, até ao fim do ano, contar com 200 propriedades: “Estamos neste momento a construir a nossa capacidade, a nossa tecnologia e a treinar os colaboradores para que em 2020 consigamos gerir milhares de propriedades por ano”, salientou o empreendedor.

A Sherlock tem neste momento 10 colaboradores, incluindo os quatro fundadores, Chris Wood, James Coop, Philip Ilic e Tariq El Asad.

“No próximo ano iremos contratar especialmente por estarmos a crescer para outras cidades do país como o Porto ou o Algarve, e até para o sul da Europa”, adiantou Phil Ilic, sendo que os empreendedores estimam que a expansão internacional comece a partir de 2020.

Os fundadores da Sherlock trabalham em vários negócios, incluindo uma empresa de imobiliário, o Cine Society, em Lisboa, e uma empresa sustentável de marisco com base nos EUA, revelou a empresa.

A empresa apresentou-se ao mercado há pouco menos de um ano, durante a Web Summit.

Lusa/DI