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Porto: 4,6 milhões de euros para reabilitar o Cinema Batalha

16 de abril de 2019

O concurso para a reabilitação do Cinema Batalha, no Porto, foi hoje lançado com o valor base de 4,6 milhões de euros e um prazo de execução de 600 dias (cerca de um ano e oito meses).

Publicado no Diário da República, o anúncio da “empreitada de obras públicas” lançada pela Câmara do Porto através da empresa municipal Go Porto fixa em 21 dias o prazo para a apresentação das propostas de reabilitação do equipamento construído na década de 1940, encerrado desde 2011 e classificado como Monumento de Interesse Público em 2012.

Em 2017, a autarquia decidiu arrendar o edifício privado por 25 anos e uma renda mensal de 10 mil euros, anunciando a intenção de o transformar numa Casa do Cinema e atribuindo o projecto de recuperação aos arquitetos Alexandre Alves Costa e Sérgio Fernandez.

Em Julho daquele ano, numa visita ao local, o presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, revelou que as obras estavam orçadas em cerca de 2,5 milhões de euros, a que se somariam 500 mil euros para equipamentos e mobiliário para um projecto que se articularia entre os eixos do “conhecimento, inovação e memória”.

Já em Maio de 2018, ao jornal Público, o arquitecto Alexandre Alves Costa dava conta que o custo da recuperação seria superior ao estimado, pois “a estrutura” do imóvel estava “em muito pior estado” do que se imaginava.

Na ocasião tinha falecido Júlio Pomar, autor dos frescos da fachada do Cinema Batalha que foram destruídos pelo regime de Salazar, antes do 25 de Abril de 1974, que a autarquia queria refazer.

Em articulação com o artista, Alves Costa já tinha concluído que os frescos não eram recuperáveis, sendo necessário encontrar uma outra solução evocativa do que lá existiu.

Lusa/DI