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Parque das Nações: Martinhal rebate Zero e garante descontaminação de terrenos

25 de junho de 2019

A empresa Martinhal, responsável pela construção do empreendimento no Parque das Nações, em Lisboa, no final da avenida D. João II, garantiu que tem realizado todos os procedimentos de descontaminação dos solos e monitorizado as emissões de gases para o ar.

“Temos sido proactivos nos procedimentos para questões de descontaminação, desde há mais de 18 meses antes do início dos trabalhos de escavação no local, e temos 100% de supervisão de uma empresa especializada com monitorização no local, para todas as questões relacionadas à descontaminação. Estamos a seguir a 100% todos os procedimentos de descontaminação aplicáveis e, em alguns casos, até estamos a transcender a legislação portuguesa”, afirma em comunicado a empresa.

As garantias da Martinhal surgem na sequência de uma denúncia da associação ambientalista Zero sobre a existência de uma nova mancha de solos contaminados nas obras de escavação do empreendimento imobiliário ‘Martinhal Residences’.

Segundo a Zero, nessas obras é “notário o cheiro devido a compostos voláteis”, situação que “já motivou a queixa de alguns moradores”, assinalando que estes compostos resultam da libertação de gases associados aos hidrocarbonetos quando são expostos ao ar, “sendo considerados tóxicos e, inclusive, cancerígenos”.

 

A questão das águas subterrâneas

A Zero aponta, ainda, que um estudo revelou que as águas subterrâneas estão contaminadas com hidrocarbonetos totais de petróleo e benzeno, adiantando que essa situação decorre do facto de a obra estar a decorrer “sem que haja uma cobertura destes solos contaminados e a instalação de um sistema de recolha e tratamento dos gases libertados”.

Hoje, a Martinhal negou qualquer atitude passiva e garantiu que tem levado a questão do solo contaminado no Parque das Nações “muito a sério”.

No que diz respeito às emissões de voláteis, a empresa explica que parte dos procedimentos incluem a monitorização legal dessas emissões: “Até agora, embora tenha havido algumas emissões de certas substâncias voláteis, a monitorização revela que todas as concentrações estão bem abaixo dos valores de referência”.

“Em relação à gestão do solo contaminado, podemos confirmar que desde que iniciámos a escavação no local, todas as análises realizadas seguiram os procedimentos pré-definidos e permitiram-nos classificar correctamente o solo contaminado nas categorias legais de resíduos. Estes resíduos estão a ser recolhidos de forma segura, transportados de forma segura e entregues a empresas de gestão de resíduos legalmente autorizadas”, acrescenta.

Já sobre a alegada “água subterrânea contaminada”, a Martinhal faz saber que instalou “o equipamento necessário no local para tratar a água contaminada à medida que esta fosse encontrada no processo de escavação”.

“No entanto, até agora, não encontrámos nenhuma água subterrânea - contaminada ou não. Não estamos certamente a descarregar água contaminada no Tejo, e nunca iremos fazê-lo, conforme foi insinuado pela Zero”, garante.

A Martinhal ressalva, ainda, que “todas as análises ao solo e ar e os resultados das monitorizações” estão a ser enviados para todas as autoridades que as pedem.

Lusa/DI