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Panorama actual no investimento imobiliário não é dramático

8 de abril de 2020

A Worx revela que o panorama actual no investimento imobiliário não é dramático. Os investidores não tomam neste momento decisões mas esperam que a actividade de investimento possa retomar quando a pandemia acalmar.

A consultora explica que os investidores não tomam neste momento decisões porque estão a avaliar o impacto nos seus portefólio e o investimento em novos projectos encontra-se em stand-by. Admite ainda que continua a existir um grande interesse pelo mercado nacional bem como uma enorme liquidez. 

"Com a chegada do COVID-19 a Portugal houve um impacto claro e directo na economia nacional afectando as pequenas e médias empresas, levando ao encerramento forçado de muitas delas. De igual forma foi afectado o sector do turismo, uma vez que as deslocações dentro e fora do país estão limitadas. Este impacto na economia nacional tem, como é óbvio, ligação directa com a área de investimento em imobiliário comercial", explica a consultora.

Segundo a Worx assiste-se hoje a uma grande parte dos investidores colocarem os negócios on-hold, com excepção para as operações que já estavam em fase avançada pré-Covid-19. Os investidores já proprietários estão neste momento a perceber a influência do Covid-19 nas carteiras de activos que têm em mãos, focados sobretudo na gestão das solicitações de carência ou redução de rendas dos actuais inquilinos. "As áreas mais atingidas são claramente o retalho não alimentar e a hotelaria, o que significa que os investidores mais expostos a este tipo de ocupação terão mais dificuldades. Em simultâneo, existem sectores específicos que inevitavelmente acabam por beneficiar com a situação, tais como o retalho alimentar e a área logística, associada ao comércio online", escreve a consultora.

"Alguns investidores falam em exigir maiores yields (taxas de retorno) o que significa que podem acontecer descidas de preço. No entanto, ainda é muito cedo para perceber se estas descidas de preço irão de facto acontecer e, caso aconteçam, em que escala"..

Os projectos de construção em andamento continuam, as construtoras não pararam, esperam-se apenas algumas dificuldades para entrega de materiais e disponibilidade de mão de obra, mas assegura-se a continuidade das obras. "É expectável que a área residencial sofra mais que o imobiliário comercial com a pandemia, fruto da quebra de confiança dos consumidores. Por outro lado, o cenário actual pode vir a revelar-se uma oportunidade para investidores oportunistas que tendo uma enorme liquidez se focam nas situações em que os actuais proprietários não conseguem cumprir as suas obrigações e são forçados a vender. Todavia, esta possibilidade ainda nos parece longínqua, tendo em conta o apoio que os bancos estão a conceder aos investidores financiados. Em conclusão, é certo que os investidores continuam a querer investir em Portugal. A principal dificuldade actual é a tomada de decisões, que será adiada até que exista melhor visibilidade sobre o que se vai passar. A nossa expectativa é a de rápido regresso aos negócios", conclui a consultora.