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Investimento imobiliário na ARU de Lisboa cai 16%

6 de novembro de 2019

No 1º semestre do ano, o investimento imobiliário na Área de Reabilitação Urbana (ARU) de Lisboa totalizou 2,52 mil milhões de euros correspondentes a 5.205 transacções.

Os dados foram apurados pela Confidencial Imobiliário e reflectem a transacção de todo o tipo de imóveis neste território.

O montante investido representa um decréscimo de 16% quando comparado com o 1º semestre de 2018, quando foram transaccionados cerca de 3 mil milhões de euros, e de 13,4% face ao semestre anterior. Também em número de operações a actividade recuou, com um decréscimo de 26,5% face ao 1º semestre de 2018 (7.078) e de cerca de 14,2% face ao semestre anterior (6.070).

Para Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário, “Apesar de se registar um abrandamento na actividade de investimento, é importante relembrar que 2018 foi um ano recorde desde que há reporte de dados (2014)”. “Além disso — acrescenta — uma vez que as operações recuaram de forma mais acentuada que o volume investido, importa reter que os investidores aumentaram o seu ‘ticket médio de investimento’ em 14%. No 1º semestre, investiu-se, em média, 487,8 mil euros por operação, mais 58,1 mil que os 429,7 mil registados no 1º semestre de 2018, o que significa que o interesse dos investidores se mantém”.

 

Habitação absorve 65% do investimento

Segundo do dados dispnibilizados pela CI, a habitação continua a ser o segmento que mais atrai investimento, concentrando no semestre 67% do total transaccionado (equivalente a 1,69 mil milhões de euros), seguindo-se os imóveis de uso comercial e de serviços, com uma quota de 24% (601,4 milhões). A transacção de terrenos, que movimentaram 29,7 milhões de euros representaram apenas uma quota de 1%. Os restantes 8% (209,4 milhões de euros) distribuem-se entre todos os restantes imóveis transaccionados.

Em termos geográficos, Santo António é a freguesia mais activa, concentrando no semestre 337,3 milhões de eurtos de investimento (quota de 13%), seguida de Santa Maria Maior, com 294,3 milhões (quota de 12%), e das Avenidas Novas, com 282,7 milhões (quota de 11%). Arroios (238,6 milhões), Misericórdia (200,1 milhões) e Estrela (166,8 milhões) são as outras freguesias de maior representatividade, concentrando quotas de 9%, 8% e 7%, respectivamente. No conjunto, estas seis freguesias continuam a receber 60% de todo o investimento imobiliário contabilizado na ARU de Lisboa. Nas restantes freguesias, o investimento no semestre variou entre os 100,3 milhões de euros (Belém) e os 13,3 milhões (Carnide).