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Gulbenkian vai mostrar projectos apresentados ao concurso de ampliação do jardim

12 de dezembro de 2019

Os 12 projectos arquitectónicos apresentados ao concurso de ampliação do jardim da Gulbenkian, em Lisboa, vão estar expostos a partir de 23 de Janeiro, no edifício sede da Fundação, anunciou a instituição.

Entre os projectos que farão parte da exposição está também o do vencedor do concurso, do arquitecto japonês Kengo Kuma, escolhido por unanimidade num concurso internacional.

Ao todo foram 12 os ateliers concorrentes, seis portugueses e seis estrangeiros.

Os concorrentes portugueses foram: Inês Lobo Arquitectos, Manuel Aires Mateus, Menos é Mais Arquitectos - Cristina Guedes e João Vieira Campos, Pedro Domingos Arquitectos, Barbas Lopes Arquitectos e SAMI Arquitectos - Inês Vieira da Silva e Miguel Vieira.

Além de Kengo Kuma, os concorrentes estrangeiros foram Carla Juaçaba, Chris & Gatenbein - Emanuel Christ e Christopher Gantenbein, John Pawson, Junya Ishigami Associates e Tatiana Bilbao SC.

Na terça-feira, durante a conferência “Um parque para a cidade”, a presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Isabel Mota, adiantou que, com esta exposição, pretende-se “contribuir para o debate sobre a arquitectura e a sua importância na construção de espaços públicos e da própria cidadania” e “fazer jus à qualidade e ao empenho das equipas”.

Na conferência, organizada por ocasião dos 50 anos da construção do edifício e jardim Gulbenkian, participou também o arquitecto Kengo Kuma que apresentou brevemente o seu projecto elaborado em colaboração com o paisagista Vladimir Djurovic, autor da proposta de exteriores para o museu MAAT e sede da EDP, em Lisboa.

O projecto de ampliação do jardim Gulbenkian inclui uma nova entrada sul, uma nova área de jardim e "a ampliação de área da Coleção Moderna e o seu atravessamento".

Sem revelar pormenores do projecto, na conferência Kengo Kuma falou da pala que irá ser construída na fachada sul do Centro de Arte Moderna, salientando que houve a preocupação de criar “uma ligação entre os jardins e o novo espaço de exposição” e utilizar “materiais locais”.

O alargamento do jardim da fundação está inserido no projecto de requalificação urbana para criar um novo eixo verde em Lisboa na zona e intitulado pela autarquia de Parque Urbano da Praça de Espanha.

O arquiteto Kengo Kuma, de 65 anos, desenhou, entre outros, o complexo Cité de la Musique, em França, vários museus no Japão e o estádio olímpico de Tóquio, para os Jogos de 2020.

É ainda autor do projecto de arquitectura de reconversão do antigo Matadouro Municipal do Porto.

O Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian foi construído na década de 1960, segundo projecto dos arquitectos paisagistas Gonçalo Ribeiro Telles e António Viana Barreto, tendo sido distinguido com o Prémio Valmor, em 1975, e classificada como Monumento Nacional, em 2010, constituindo-se assim a primeira obra contemporânea a deter este estatuto, no país.

Na altura, foi definido como "um dos jardins mais emblemáticos do movimento moderno em Portugal e uma referência para a arquitectura paisagista portuguesa".

LUSA/DI