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Escritórios

 

Na rentrée, o mercado de escritórios no Porto anima mas abranda em Lisboa

19 de outubro de 2020

Em Setembro, o take-up mensal no Porto ascendeu a 8.070 m2, enquanto em Lisboa ficou em 4.642 m2, mostra o mais recente Office Flashpoint da JLL.

Ao passo que a Invicta registou um dos melhores meses do ano, com um take-up de 8.070 m2, em Lisboa a actividade abrandou para 4.642 m2 tomados.

No Porto contabilizaram-se sete transacções, com uma área média de 1.153 m2, sendo a área ocupada neste mês semelhante à do mês homólogo e exponencialmente acima dos cerca de 500 m2 observados no mês anterior. O CBD-Baixa foi a zona mais dinâmica, com 63% do take-up, acolhendo a maior operação do mês, designadamente a expansão da Natixis no Porto Business Plaza em cerca de 4.400 m2. Esta operação influenciou também a segmentação da procura, colocando em evidência as empresas de "Serviços Financeiros", responsáveis por 55% do take-up mensal.

Lisboa registou seis operações com uma área média de 516 m2, com o take-up de 4.642 m2 a apresentar um decréscimo de 65% face ao mês anterior e de 52% face ao homólogo. A zona mais activa do mês foi o Parque das Nações, com 48% da actividade, e a procura foi dominada pelas empresas de "TMT's & Utilities", com um peso de 42%. 

“Setembro marcou a volta de muitos colaboradores aos escritórios numa base mais constante, após meses de ausência devido à pandemia. As empresas já perceberam a importância do escritório físico como um ponto central do network interno, disso não há dúvida. Contudo, esta vontade de reactivar o dia-a-dia ainda não se traduziu na procura de novos espaços em Lisboa. Há uma clara presença de operações de pequena dimensão, por necessidade imediata, com as operações de grande escala ainda em standby”, refere Mariana Rosa, Head of Office/Logistics Agency & Transaction Management da JLL.

“No Porto, onde assistimos a uma fase diferente de maturidade, o panorama em Setembro foi bem mais positivo do que em Lisboa, pelo que, mesmo num contexto como o atual, pode apresentar um desempenho mais favorável, especialmente na comparação com o ano passado”, acrescenta Mariana Rosa.

Assim, no acumulado do ano, o mercado da Invicta está 28% acima de 2019, com 38.650 m2 ocupados entre Janeiro e Setembro, num total de 35 operações e uma área média de 1.104m2. O CBD Boavista é a zona mais procurada, agregando 35% do volume ocupado no ano, enquanto, por parte dos setores de procura, a liderança cabe a “TMT’s & Utilities”, com uma quota de 25%, logo seguido pelas “Empresas de Serviços” (23%) e “Outros Serviços” (21%).

Em Lisboa, pelo contrário, a actividade anual exibe um decréscimo de 30% face a 2019, atingindo 102.041 m2 de ocupação. Nos primeiros nove meses do ano foram concretizadas 71 operações com uma área média de 1.437 m2. Neste período, as zonas do prime CBD, do Parque das Nações e do Corredor Oeste lideraram as preferências das empresas, com quotas em torno dos 20% cada. No âmbito da procura, foram as empresas de Serviços Financeiros as mais dinâmicas, gerando 35% da ocupação no mercado ao longo do ano.