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Escritórios

 

Mercado de escritórios em Lisboa e Porto com alta dinâmica em Maio

22 de junho de 2022

Com a crescente normalização da actividade das empresas pós-pandemia, a ocupação de escritórios em Lisboa e no Porto tem vindo a aumentar. Em Lisboa, Maio foi o terceiro melhor de 2022.

As consultoras Savills e a JLL revelam os resultados do mercado de escritórios e segundo o Office Flashpoint da JLL de Maio, mantém-se a forte dinâmica das empresas na ocupação de escritórios, quer em Lisboa quer no Porto. Neste mês, o take-up dos dois mercados soma mais de 34.000 m2, colocando em evidência a procura por áreas de grande dimensão.

Já a Savills avança que o mercado de escritórios de Lisboa registou um volume de absorção acumulado entre Janeiro e Maio de 2022 de 146.992 m2, num total de 86 operações. Os negócios que exerceram maior expressividade no volume de absorção, durante o mês de maio, disseram respeito à ocupação do Novo Banco no Corredor Oeste (zona 6), de 8.233 m2 e da SGS Portugal para o Polo Tecnológico de Lisboa (outras zonas) ocupando uma área de 4.163 m2.

O mercado de escritórios do Porto, até ao final de Maio de 2022, registou um volume de absorção total de 23.524 m2, resultante da conclusão de 32 negócios, reforçando o desempenho em comparação com mesmo período de 2021. 

Seguindo a tendência que se tem registado durante este ano, os resultados relativos a estes cinco primeiros meses encontram-se substancialmente acima dos registados no mesmo período de 2021 e 2020, o que atesta a recuperação a bom ritmo do mercado de escritórios de Lisboa.

“O mercado de escritórios de Lisboa mantém o sentido de crescimento. O mês de Maio foi o terceiro melhor de 2022 em termos de absorção, estando 44% acima do resultado de 2019 e consideravelmente acima de 2020 e 2021. Considerando o período acumulado entre janeiro e maio dos últimos 3 anos, facilmente percebemos que a recuperação veio mesmo para ficar, muito alicerçada em operações de relocalização de empresas.” aponta Alexandra Portugal Gomes, Head of Research & Communications da Savills Portugal.

Em Maio registaram-se 24 operações em Lisboa e sete no Porto

Em Lisboa, o mês contabilizou 24 operações num total de 25.700 m2 ocupados, traduzindo uma área média por transação de 1.070 m2. Destacam-se a expansão do Novo Banco no Tagus Park (8.200 m2), a ocupação de 4.100 m2 pela SGS e de 2.700 m2 pela LEAP, tudo operações de ocupação-própria. O Corredor Oeste foi a zona mais dinâmica durante o mês, agregando 40% do take-up mensal, enquanto a procura foi liderada pelas empresas de “Outros Serviços (35% do take-up).

No Porto, a ocupação somou 8.500 m2 em maio, repartidos entre sete operações, com uma área média de 1.216 m2. Nesta região, a fintech Saltpay protagonizou a maior operação do mês, ao arrendar 3.750 m2 no recém-concluído Porto Business Plaza, no CBD-Baixa. Esta foi a zona mais dinâmica (56% da área mensal) e as empresas de “TMT’s & Utilities” as mais ativas (67% do take-up).

A JLL foi a consultora responsável por esta operação no Porto, onde atuou ainda noutras duas, garantindo, assim, a ocupação de 5.030 m2 no Porto em 3 das 7 operações contabilizadas no mês. Em Lisboa, a consultora atuou em 6 dos 24 negócios registados, numa área total de 2.100 m2.

Sofia Tavares, Head of Office Leasing da JLL, sublinha que “a ocupação em maio confirmou o momento robusto da atividade, com crescimentos de mais de 200% face ao mês homólogo quer em Lisboa quer no Porto. Nesta fase, apesar da instabilidade geopolítica na Europa e da pressão inflacionista generalizada, o principal entrave da procura de escritórios continua a ser a escassez de oferta adequada e moderna. Daí o aumento das operações de ocupação-própria e de pré-arrendamento. Só em Lisboa, neste mês, mais de metade do take-up foi gerado nesse tipo de transações”. Por isso, “apesar dos desafios ao nível dos custos de construção, é importante sublinhar que existe um elevado potencial de escoamento para nova oferta de escritórios, de tal forma que muitas empresas estão dispostas a garantir o seu espaço durante a fase de construção”, acrescenta a responsável.