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Construção: AICCOPN considera "fundamental" calendarização do PNI 2030

13 de agosto de 2019

A Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) considerou hoje “fundamental” a calendarização do Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030, cuja concretização a empresas do sector encaram com “grande expectativa”.

“É com grande expectativa que as empresas encaram a concretização do Programa Nacional de Investimentos (PNI 2030)”, afirma o presidente da AICCOPN, salientando que “a sua calendarização assume-se como um instrumento orientador para o tecido empresarial do sector, fundamental para a necessária programação da actividade das empresas, num momento em que enfrentam graves problemas como a falta de mão-de-obra qualificada e a concorrência desleal”.

Numa nota escrita divulgada por ocasião da comemoração do 127.º aniversário da associação, Manuel Reis Campos afirma que “este programa reflecte um amplo consenso em torno de prioridades de investimentos infraestruturais nos sectores da mobilidade e transportes, ambiente e energia, imprescindível para o desenvolvimento colectivo e para a coesão territorial e social do país”.

“Acresce que, actualmente, as empresas do sector vivem quase exclusivamente do investimento privado, sem a possibilidade de perspectivar o futuro, com a agravante de esta situação expor as empresas nacionais à concorrência externa”, sustenta.

 

“Nível de investimento público mais fraco da Europa”

Segundo o presidente da AICCOPN, o sector da construção e do imobiliário “atravessa um momento de consolidação e de recuperação da actividade”, com o investimento imobiliário a atingir os 30,3 mil milhões de euros em 2018 e o volume de negócios internacional do sector a somar 10,8 mil milhões de euros.

“No que respeita ao investimento público, este ficou aquém do previsto, com a própria Comissão Europeia a alertar para o facto de Portugal, em conjunto com Itália e Espanha, apresentar o nível de investimento público mais fraco da Europa”, nota Reis Campos.

 

Reforço do associativismo

Entre os desafios recentes e futuros que se colocam ao sector, a associação destaca os relacionados com o ambiente, os resíduos, a energia e a qualidade, “vectores-chave em que assenta a denominada ‘construção sustentável’”, e aponta ainda os avanços tecnológicos que potenciam a “‘Construção 4.0’ e toda a rede de conhecimento, inovação e desenvolvimento que a mesma envolve”.

Neste âmbito, Reis Campos destaca “a importância da cooperação empresarial através do reforço do associativismo”, apontando o movimento em curso no próprio sector da construção com vista a um “novo patamar de associativismo empresarial”: “Vamos evoluir para um modelo de organização associativo assente numa estrutura unitária e ajustada ao futuro e às necessidades do sector e das empresas, tendo por finalidade o estabelecimento de uma associação nacional única, representativa do sector da construção a todos os níveis, em Portugal e no estrangeiro”, refere.

Em causa está a integração da AICCOPN e da congénere Associação das Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços (AECOPS) numa nova estrutura que ficará sediada no Porto.

O memorando de entendimento definindo “os princípios para constituir uma coligação interassociativa que permita a criação de uma direcção unitária e comum” foi assinado em Setembro do ano passado, tendo na altura sido anunciado que o processo deveria ficar concluído em “alguns meses”.

“Esta evolução traduzir-se-á numa futura integração interassociativa mediante concentração das suas estruturas, em modelo jurídico que será definido no âmbito da coligação”, explicaram na altura Manuel Reis Campos, da AICCOPN, e Ricardo Pedrosa, da AECOPS, em conferência de imprensa.

Lusa/DI