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343,9 M€ foi quanto os estrangeiros investiram em habitação em Lisboa no 1º semestre

2 de dezembro de 2019

Entre Janeiro e Junho de 2019, o investimento estrangeiro em habitação na Área de Reabilitação Urbana (ARU) de Lisboa ascendeu a 343,9 milhões de euros um total de 759 operações.

Em termos de representatividade, o investimento internacional apresenta um peso de 34% no total do investimento por particulares em habitação na ARU de Lisboa no período em análise, o qual ascendeu a 1,02 mil milhões de euros.

Segundo os dados revelados Confidencial Imobiliário no âmbito do SIR-Reabilitação Urbana (que consideram operações de aquisição de imóveis residenciais concretizadas por particulares), o investimento estrangeiro apurado para o 1º semestre de 2019 apresenta um crescimento de 10% face aos 311,8 milhões registados no 1º semestre de 2018, embora observe um decréscimo de outros 10% face ao 2º semestre de 2018, quando foram transaccionados 382,5 milhões de euros. 

“O investimento internacional em habitação continua muito robusto e dá continuidade à forte dinâmica do ano passado, quando se atingiu um patamar inédito de 694,3 milhões de euros. Nos dois anos anteriores, tal actividade situou-se entre os 300 e os 375 milhões anuais, ou seja, transaccionando-se por ano praticamente o que se está a transaccionar actualmente por semestre. Outro indicador do forte interesse dos estrangeiros por Lisboa é o aumento do ticket médio por operação, que passou de 393,2 mil (1º sem. 2018) para os actuais 453,0 mil euros, ficando 46% acima do ticket dos nacionais, que se manteve praticamente inalterado em torno dos 306 mil”, avança Ricardo Guimarães, director da Confidencial imobiliário.

O investimento internacional foi protagonizado por compradores de 70 nacionalidades, envolvendo países de todo o mundo. França (21% do investimento internacional), China (14%), Brasil (8%), Estados Unidos (5%) e Reino Unido (5%) são os mercados internacionais mais dinâmicos na compra de casas, embora outros oito apresentem já quotas no volume investido superiores a 3%. Nomeadamente, África do Sul, Turquia, Índia, Itália, Alemanha, Suécia, Vietname e Bélgica. 

Em termos geográficos, as freguesias da Misericórdia e de Santa Maria Maior são os principais destinos do investimento estrangeiro em habitação, acolhendo investimentos de 55,5 milhões e 54,9 milhões de euros, respectivamente, e uma quota semelhante de 16%. Destacam-se ainda Santo António com uma quota de 12% e 42,8 milhões investidos e Arroios, com uma quota de 11% respeitante a 38,3 milhões de euros. Nestas quatro freguesias, o investimento internacional tem uma forte representatividade, sendo que em Santa Maria Maior, os estrangeiros são mesmo responsáveis por 80% de todo o investimento em habitação no semestre, enquanto que na freguesia da Misericórdia esse peso é de 54%. Em Santo António e Arroios esse peso é de, respectivamente, 48% e 47%.

O estudo revela ainda um crescente interesse dos estrangeiros por outras zonas da cidade, com as freguesias da Ajuda, Benfica, Carnide, Campolide e Areeiro a registarem os mais fortes crescimentos no investimento estrangeiro face ao mesmo período de 2018 (entre 70% e 165%), ainda que mantenham quotas no total do investimento abaixo dos 2%. Neste conjunto de freguesias, os estrangeiros representam no máximo 25% de todo o volume investido na respectiva freguesia, atingindo-se um mínimo de 6% em Benfica.