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1.º Semestre: Investimento público na construção recua 1,6%

23 de setembro de 2016

O montante de contratos de empreitadas de obras públicas celebrados no período entre 01 de Janeiro e 30 de Junho do corrente ano recuou 1,6% em termos homólogos, para 446,4 milhões de euros, traduzindo um menor investimento público no sector, divulgou hoje a Associação de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços (AECOPS).

Segundo uma análise AECOPS, no período diminuiu também o número de donos de obra com contratos de obras públicas, passando de 749 no primeiro semestre de 2015 para 667 no mesmo período de 2016.

No seu trabalho 'O Mercado das Obras Públicas – 1.º semestre de 2016', a associação traça um “retrato do comportamento” deste segmento no período: “Um mercado mais reduzido, com menos obras e menos entidades contratantes, mas com mais empresas a realizar obras, em média, de menor valor”.

Tendo por base informação divulgada pelo portal BASE, a AECOPS diz ter havido até Junho mais empresas com obras contratadas, mas nota que os valores médios contratados por empresa caíram de 227,7 mil euros em 2015 para 221 mil euros em 2016. Já o número médio de contratos celebrados por empresa foi semelhante ao de 2015 (2,4 contratos por empresa).

 

Cerca de 25% do total do investimento público foi realizado em Lisboa

 

Relativamente aos contratos de empreitadas de obras públicas celebrados, a associação nota que cerca de 25% (98,3 milhões de euros) do total do investimento público foi realizado em Lisboa, enquanto nos primeiros seis meses de 2015 o distrito do Porto tinha sido o principal destinatário de investimento.

No período, as obras de preparação dos locais de construção foram as que mais cresceram (45%), mas os contratos relativos à construção de redes de energia e a infraestruturas de transportes representaram a maior fatia de volume de investimento contratado (30,4% do total), seguindo-se as obras em edifícios, com 21,7% do valor total.

As obras de média dimensão (de valor acima de 1.328 mil euros e até 5.312 mil euros) foram as que registaram crescimento homólogo mais acentuado, enquanto as obras de reduzida dimensão (até 166 mil euros) representaram a maior fatia dos contratos celebrados (mais de 167 milhões de euros equivalente a 37,4% do total).

Da análise da AECOPS resulta ainda que os ajustes directos foram “cada vez mais utilizados”, equivalendo a 36% do valor total contratado, face a 24% e 32% em 2014 e 2015, respectivamente.

Lusa/DI