Norte-americanos perdem interesse em comprar casa em Portugal. Mas brasileiros continuam a dominar arrendamento, mostram os dados de um estudo do idealista. Apesar disso, os estrangeiros continuam a representar mais de 22% do total da procura de casas para comprar e arrendar no nosso país.
A percentagem do rendimento familiar necessária para enfrentar a compra ou o arrendamento de uma habitação aumentou no último ano em praticamente todas as capitais de distrito, de acordo com o idealista.
Nos últimos três meses, entre Março e Maio, terão sido vendidas 33.800 casas em Portugal Continental, um crescimento de 6,4% face aos três meses precedentes (de Dezembro de 2022 a Fevereiro de 2023), revela a Confidencial Imobiliário.
A procura para compra de habitação mantém a tendência de queda e as expectativas são para que esta situação se mantenha nos próximos três meses.
A subida acentuada dos juros nos últimos meses está a provocar um aumento no esforço financeiro das famílias portuguesas para a compra de casa, destinando 41% do seu rendimento familiar para esse fim.
A procura de casas continua a superar a oferta de habitações existente no país quer para comprar quer para arrendar, havendo habitações que ficam menos de uma semana no mercado, revela o idealista.
A compra e venda de habitação em Portugal diminuiu em 2020, tendo sido transacionadas 171.800 casas, menos 9.678 do que no ano anterior, mas os preços avançaram 8,4%.
O ano passado, a tipologia de imóvel mais comprada pelos portugueses foi o T3, seguido do T2 e o T4, segundo apurou a mais recente análise da Decisões e Soluções, rede de Consultoria Imobiliária a atuar em Portugal.
Em Agosto, o preço de venda das casas em Portugal Continental manteve-se praticamente inalterado, apresentando uma variação residual de 0,1% face a Julho e em termos homólogos aumentaram 11,7%.
No 2º trimestre deste ano, os preços das casas em Portugal subiram 0,5% face ao trimestre anterior, fixando-se em 2.070 euros/m2. As freguesias de Carcavelos e Parede lideram as pesquisas.