CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Turismo

 

Turismo de estrangeiros em Portugal regressou aos números de 1984

15 de fevereiro de 2021

Em 2020, as dormidas de não residentes em alojamentos turísticos em Portugal alcançaram apenas 12,3 milhões, uma descida de 74,9% (aumentaram 3,8% em 2019), o valor mais baixo desde 1984.

De acordo com os dados preliminares divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística - INE, os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 10,5 milhões de hóspedes e 26 milhões de dormidas, quebras de 61,3% e 63%, respetivamente, face às subidas de 7,9% e 4,6% em 2019.

“No conjunto do ano de 2020 (dados preliminares), os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 10,5 milhões de hóspedes e 26 milhões de dormidas, -61,3% e -63,0%, respectivamente (+7,9% e +4,6% em 2019)”.

No entanto, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 11,8 milhões de hóspedes e 30,4 milhões de dormidas, a que corresponderam reduções de 60,2% e 60,9%, respectivamente.

As dormidas de residentes no ano passado totalizaram 13,6 milhões, uma descida de 35,4% (tinham subido 6,5% em 2019), o valor mais baixo desde 2013.

O Reino Unido manteve-se como principal mercado emissor em 2020, representando 16,3% das dormidas de não residentes, apesar do decréscimo de 78,5% face ao ano anterior, seguindo-se os mercados alemão (quota de 14,6%) e espanhol (peso de 14,5%).

Em 2020, a taxa líquida de ocupação-cama fixou-se em 24%, o que representou uma redução de 23,3 pontos percentuais face a 2019.

Em Dezembro, o sector do alojamento turístico registou 459,4 mil hóspedes e 969,8 mil dormidas, o que corresponde a quebras de 70,9% e 72,4%, respectivamente, mas uma ligeira recuperação face ao mês anterior (-77,0% e -77,2% em novembro, pela mesma ordem).

Quando considerada a generalidade dos meios de alojamento, registaram-se 494,8 mil hóspedes e 1,1 milhões de dormidas, correspondendo a evoluções negativas de 70% em ambos (-76,2% e -74,5% em Novembro, respectivamente).

No mês em análise, as dormidas de residentes diminuíram 54,1% (-59,6% em novembro) e as de não residentes recuaram 82,8% (-85,6% no mês anterior).

As dormidas na hotelaria (74,8% do total) diminuíram 75%, em dezembro, enquanto as dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 20,3% do total) decresceram 63,5% e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 4,9%) recuaram 41,1%.

Por sua vez, as dormidas em 'hostels' registaram uma diminuição de 75,4% em Dezembro, representando 15,2% das dormidas em alojamento local e 3,1% do total de dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico.

Os proveitos totais registaram uma variação de -73,7% (-79,8% em Novembro) para 54 milhões de euros.

Já os proveitos de aposento fixaram-se em 36,3 milhões de euros, diminuindo 74,2% (-80,5% no mês anterior).

Em Dezembro, 50,5% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (49% em novembro).

No último mês do ano, a taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico fixou-se em 12,2%, recuando 18,8 pontos percentuais (tinha diminuído 24,6 pontos em Novembro).

As taxas de ocupação mais elevadas registaram-se na Região Autónoma da Madeira (19,9%), Alentejo (13,5%) e Área Metropolitana de Lisboa (13,2%).

LUSA/DI