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Turismo

 

Resorts portugueses são os melhores da Europa

8 de junho de 2018

Entre 26 empreendimentos de turismo residencial em nove países, segundo 54 critérios em 10 categorias, os resorts portugueses alcançaram o primeiro lugar. Uma classificação resultado de um estudo independente, comissionado pela Associação Portuguesa de Resorts - APR e cofinanciado pelo COMPETE 2020.

Nos critérios das categorias macro, o nosso país obtém 63,4 pontos seguido por Chipre (62,3), Espanha (57) e Turquia (56,4). O nosso melhor desempenho está nas categorias “Regime Fiscal e Incentivos” – especialmente no critério Custos de Aquisição de Propriedade –, “GovernançaMundial” – que inclui critérios como Estabilidade
Política, Qualidade Regulatória, ou Controlo da Corrupção –, e “Facilidade de Negócios” – incluindo: Iniciação de Negócio, Licenças de Construção, Pagamento de Obrigações Fiscais, e Cumprimentos de Contratos, e uma taxa de desemprego inferior à média dos países analisados.

No que diz respeito aos empreendimentos, critérios das categorias micro, lideram os resorts portugueses com 34,6 pontos, seguidos dos da Turquia (33,2), Chipre (29,1) e Espanha (28,8). O produto nacional de turismo residencial destaca-se nas categorias “Oferta” – que inclui Características, Serviços, número e qualidade de Campos de Golfe, e Estado de Desenvolvimento –, “Procura” – especialmente os preços de venda apelativos e a variedade de nacionalidades dos compradores –, e
“Acessibilidade e Popularidade” – que inclui critérios como proximidade do mar, distância de aeroportos e de centros urbanos.

Apesar do excelente resultado o estudo revela que Portugal não apresenta bons resultados nos indicadores Económicos e Demográficos, “com um crescimento abaixo da média dos países estudados, e crescimento negativo da população de -0,2% anual entre 2006 e 2016, abaixo da média de +0,3%”, lê-se no estudo. Por outro lado, o
relatório indica que Portugal é visto como sendo um mercado de preços baixos pelo que produtos de maior qualidade podem ser considerados caros dentro do próprio
mercado, ainda que muito competitivos internacionalmente.

O estudo avança ainda que outros países mediterrâneos estão a dar grande prioridade a ofertas culturais, de natureza, bem-estar, etc., que Portugal está especialmente
bem posicionado para desenvolver e que não pode deixar atrasar. Outra das conclusões neste levantamento foi o facto de que, comparativamente aos seus principais concorrentes, Portugal tem uma presença ainda tímida nos grandes eventos internacionais de turismo residencial.

De realçar que Carlos Leal, diretor geral da United Investments Portugal, foi eleito esta semana presidente da APR, contando na sua direção com João Pedro Madeira (Troiaresort Investimentos Turísticos), Frederico Brion Sanches (Discovery Hospitality Real Estate), António Pinto Coelho (Palmares Companhia de Empreendimentos
Turísticos de Lagos) e Franck Carreo (Vilamoura Lusotur e United Investments Portugal), a equipa executiva permanece liderada por Pedro Fontainhas.

*Artigo publicado no Jornal Económico no âmbito de uma parceria com o Diário Imobiliário