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Turismo

 

Interior: turismo é aposta económica do Governo

9 de dezembro de 2018

O secretário de Estado da Valorização do Interior defendeu hoje que o turismo tem de deixar retorno económico também nos territórios mais desfavorecidos e não apenas no litoral.

“Queremos que os turistas que estão a chegar a Lisboa, Porto e Algarve possam percorrer o território nacional e deixar algum retorno económico nestes territórios. As pessoas que vivem nestes territórios não são meros figurantes do turismo do litoral”, disse João Paulo Catarino, em entrevista à agência Lusa.

O país, de acordo com o governante, “tem de criar condições” para que haja actividade económica no interior através deste sector.

“E é isso que o Governo está a fazer, com mais de 200 milhões de euros já investidos, além daquilo que está a ser feito pelo programa Revive”, explicou, referindo-se ao programa que, através de concursos públicos de concessão, abre o património ao investimento privado para o desenvolvimento de projectos turísticos, promovendo a reabilitação dos espaços.

Como Portugal “está na moda” e a beneficiar do facto de o mundo ter descoberto o país como melhor destino, até como “reconhecimento das qualidades pessoais dos portugueses”, é agora preciso, no entender do governante, “vender o país no seu todo e com um enfoque grande no interior”.

“Por exemplo, o trabalho que está a ser feito na Estrada Nacional 2, considerada um dos eixos mais importantes para visitar nos próximos anos. Precisa de investimento, que está a ser preparado e já há uma associação de autarcas com o foco nesta estrada, que vai ser um eixo de desenvolvimento turístico para o interior”, perspectivou.

João Paulo Catarino abordou ainda as vantagens de se viver no interior, nomeadamente uma melhor qualidade de vida e custos de contexto mais reduzidos, como a “habitação, transportes e outros benefícios pessoais e familiares” que não se encontram no litoral.

Além disso, para quem investe, há, de acordo com o secretário de Estado, uma questão “muito importante”, que é a “fidelização do funcionário”.

“E isso é uma vantagem enorme, já que a fidelização do funcionário tem implicações sérias na rentabilidade da empresa”.

João Paulo Marçal Lopes Catarino nasceu em Proença-a-Nova, em 23 de setembro de 1969. É licenciado em Engenharia Agronómica e bacharel em Engenharia de Produção Florestal. Para além de ter sido durante anos presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, foi, entre Março de 2016 e Julho de 2017, o coordenador adjunto da Unidade de Missão para a Valorização do Interior, exercendo, desde 18 de julho de 2017 as funções de coordenador da Unidade de Missão.

Lusa/DI