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Gabriel Couto: “Investimos na reabilitação de excelência”

4 de julho de 2017

A empresa com sede em Famalicão considera que o nicho de mercado da reabilitação é muito importante para as construtoras nacionais, embora não substitua o investimento público, como política para resolver os problemas que o sector da construção em Portugal sofre. «A reabilitação ajuda muito, mas é insuficiente», afirma Carlos Couto, CEO da empresa.

Sem descurar o alargamento de horizontes ao ganhar concursos de África à América Latina, a Gabriel Couto reconhece, no entanto, o papel tecnicamente muito exigente que assume a reabilitação na sua estrutura empresarial.

Carlos Couto garante que, apesar da coragem com que uma grande parte das empresas abordaram novos mercados, em particular em África, tal não poderá substituir nunca a necessidade de um mercado de obras públicas em Portugal, exigente do ponto de vista da engenharia, em particular no sector onde existe ainda uma enorme carência, como o sector ferroviário e portuário.

 

A necessidade de reabilitação do Património Cultural

 

É sabido que a reabilitação urbana constitui hoje uma parte significativa do volume de actividade para o sector da construção; e a Gabriel Couto não foge à regra, por isso tem estado muito empenhada na reabilitação e requalificação, quer na área da hotelaria, quer na residencial. Mas a construtora de Vila Nova de Famalicão não tem ficado por aqui e tem investido, e muito, na reabilitação de excelência, nomeadamente em património cultural.

A requalificação do Museu de Escultura Contemporânea, que se insere no conjunto patrimonial, como o Mosteiro de S. Bento em Santo Tirso, um projecto de Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto Moura, é um dos mais recentes trabalhos da construtora. A dificuldade maior deste projecto foi a de introduzir um corpo novo ligado ao antigo Museu Abade Pedrosa.

Era necessário um novo acesso e ter em conta a existência, em frente de um jardim que dá para a cota superior da cidade. Havia ainda uma capela, vinda de uma quinta e que ali estava isolada. Os arquitectos optaram por construir um corpo rectangular e criaram um vértice de ligação ao convento. «A implantação foi feita cuidando de incluir na composição a capela, que estava perdida no terreno»,dizia Siza Vieira.

 

O Turismo como potenciador da reabilitação

 

Outra empreitada que demonstra na sua plenitude o empenho por parte do departamento de engenharia da Gabriel Couto foi o êxito alcançado na reabilitação do Convento do Carmo (construído em 1558), em Torres Novas. A melhoria das condições de salvaguarda e valorização do Convento do Carmo, numa perspectiva de transmissão para o futuro dos bens culturais, de forma a manter a sua existência e assegurar a sua fruição com respeito pela sua identidade específica e pela integridade patrimonial, foi sem dúvida um grande desafio para a construtora a quem a Câmara Municipal de Torres Novas, confiou o projeto.

«O crescimento do fluxo de turistas no nosso País tem sido uma das principais alavancas para o crescimento do ritmo de projectos reabilitados e em execução», diz Carlos Couto que adianta ainda que «a criação de alguns instrumentos de financiamento, em particular para obras de maior vulto, deu também uma ajuda significativa para a concretização de vários projectos».

Sem esquecer os novos desafios que se avizinham no sector de construção, o responsável máximo da Gabriel Couto garante que está preparado perante as novas exigências da engenharia para dar continuidade a reabilitação de excelência, como provam os trabalhos executados nos monumentos de Santo Tirso e Torres Novas.

Com mais de meio século de existência, a Gabriel Couto evoluiu de uma pequena unidade económica de relevância local para uma organização actualmente nos rankings das empresas de referência no sector, diversificando produtos, serviços e mercados.

Hoje a empresa conta com mais de 700 colaboradores e atinge valores de produção e vendas próximos dos 100 milhões de euros.