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NOTÍCIA
Opinião

Fernanda Pedro, Directora do Diário Imobiliário

Eu acredito!

15 de abril de 2013

Talvez seja persistência ou então não abdicar da experiência adquirida ao longo de tantos anos. O certo é que numa altura de crise quando se pede para dar o melhor, não me restava outra alternativa, senão pôr em prática este projecto que nasce hoje aqui.

Não podia deixar de continuar a escrever sobre imobiliário e deitar fora tantos anos investidos nesta área. Mesmo quando me aconselharam a mudar, pensei sempre duas vezes e acabei por resistir. Este é o sector que conheço há 15 anos e que foi preponderante para crescer nesta profissão. Sou jornalista há 20 e portanto mais de metade dedicada ao imobiliário.

Durante estes anos assisti a grandes alterações no sector e actualmente, acredito que estamos a viver não só uma crise mas acima de tudo uma mudança nas regras do mercado imobiliário.

Além das dificuldades económicas e financeiras dos bancos, dos promotores, dos investidores, das famílias que estão a condicionar o mercado, a forma de estar e pensar imobiliário alterou-se consideravelmente. Apesar de previsível, assistimos nos últimos dois anos a uma quebra abrupta na construção nova e nas transacções. A reabilitação era inevitável e o arrendamento começa a ganhar expressão, mas isso não é novo, já foi a única forma de habitar para muitas famílias durante várias décadas no século passado. Tudo é cíclico e a História da Humanidade comprova isso mesmo.

Apesar de todas as notícias negativas e reais, sem dúvida, todos temos a consciência que o imobiliário nunca irá morrer. Não podemos esquecer que a habitação é um bem primário, até costumo dizer aos mais pessimistas: Enquanto não nos mandarem novamente para as cavernas, vamos ter de viver ou trabalhar em qualquer espaço construído pelo Homem.

Pelo respeito que tenho por este bem que é um dos mais preciosos e que é tão importante na economia de qualquer país, ainda continuo a acreditar nele. E porque tenho a consciência que muitas pessoas dependem deste sector para sobreviver, senti-me na obrigação de continuar a contribuir para a divulgação do que se vai construindo e reconstruindo em Portugal e no Mundo.

E porque tantos profissionais têm confiado e respeitado o meu trabalho que espero que continuem a acreditar que estarei aqui sempre para dar a informação que o sector necessita e a desejar que o imobiliário volte depressa à estabilidade, a bem de todos nós assim como do país.
Fernanda Pedro
Directora
Diário Imobiliário