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Habitação by century 21

 

Procura e preço das casas aumentam na periferia de Lisboa

22 de junho de 2018

Os municípios de Oeiras, Amadora e Odivelas, situados na periferia da cidade de Lisboa, vivem hoje uma nova dinâmica no sector da habitação, com o aumento da procura e do preço dos imóveis, verificando-se o retomar da construção.

“Estamos a viver um tempo muito complicado, porque se junta à procura nacional a procura externa […]. Cada vez há mais estrangeiros a procurar Portugal e, neste momento, há uma incapacidade em Oeiras, pelo menos, existe uma incapacidade quase total de responder à procura que se faz sentir: uma casa hoje vende-se em 24 horas”, afirmou à Lusa o presidente da Câmara, Isaltino Morais.

De acordo com o autarca, é preciso investir em construção nova para responder à “falta de casas na Área Metropolitana de Lisboa [AML], independentemente da procura gerada pelo turismo, pelo alojamento local”, já que nos últimos cinco anos não se construíram novas habitações.

“Desde o início do século XX até aos dias de hoje, nunca se conheceu um período de tão elevada especulação imobiliária. As casas sobem todos os dias, existem poucos empreendimentos - dois ou três - em construção e no espaço de um mês aumentam 20% o valor das casas, isto porque a procura excede de longe a oferta”, referiu Isaltino Morais, perspectivando um equilíbrio dentro de dois ou três anos, uma vez que o ritmo de entrada de pedidos para construção acelerou desde 2016.

Até que possa haver um equilíbrio no mercado imobiliário, “o preço das casas vai continuar a subir, seja ao nível da venda, seja ao nível do arrendamento, tornando-se absolutamente incomportável para os rendimentos médios das famílias portuguesas”, apontou o presidente da Câmara de Oeiras.

Amadora: arrendamento de T4 ronda os 900 €

O município da Amadora, que regista também um aumento desmusarado de preços, verifica um retomar dos processos de construção de urbanizações que já estavam aprovados, mas que se encontravam parados com lotes ainda por edificar, avançou a presidente do município, Carla Tavares.

“Sente-se que o nível de vida [dos portugueses] está a melhorar e isso fez também com que, ao nível dos empreendimentos e do arrendamento, o mercado ganhasse uma nova dinâmica”, declarou, referindo que hoje o valor de um imóvel T4 para arrendamento no concelho ronda os 900 euros por mês, já que houve um aumento de cerca de 100 euros.

Para aquisição, indicou, o preço encontra-se na ordem dos 250 mil euros, quando antes custava cerca de 200 mil euros.

Lusa/DI