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Habitação by century 21

 

O que fazer com o mercado do arrendamento?

28 de julho de 2016

O RICS/Ci Portuguese Housing Market Survey (PHMS) de Junho, elaborado como habitualmente numa avaliação qualitativa mensal dos sectores de compra e venda e arrendamento com base em cerca de 100 respostas a um inquérito a empresas do sector – mediadoras, promotores – ou profissionais individuais, traça com cores negras o mercado de arrendamento.

Ao longo dos meses vimos assistindo a uma forte procura por parte de potenciais inquilinos e um cada vez menor número de fracções colocadas no mercado por parte dos proprietários. Resultado: um acréscimo desmedido das rendas, com as famílias a serem literalmente “empurradas” para o mercado da compra e venda… Um problema que parece não encontrar solução e que o Governo tarda em intervir.

 

Mercado de compra e venda

 

Neste mercado, os resultados do RICS/Ci PHMS de Junho de 2016 apontam para “uma ligeira aceleração no crescimento dos preços reportados pelos operadores de mercado, com o indicador a apresentar a leitura mais elevada desde que o inquérito foi lançado há 6 anos atrás”.

Segundo o inquérito, “As novas intenções de compra aumentaram mais uma vez em Junho, embora o ritmo mensal de crescimento tenha sido o mais contido desde Janeiro de 2016. Em paralelo, as novas instruções de venda estabilizaram após uma pequena queda no mês anterior”. Já as vendas acordadas subiram ao ritmo mais rápido desde Setembro de 2015, com cada região – Lisboa, Porto Algarve - a registar um aumento no volume de transações. E as perspectivas apontam nesse sentido ainda mais em todas as regiões ao longo do próximo trimestre.

Acompanhando a cada vez mais forte actividade do mercado, os preços das casas continuaram a subir pelo décimo nono mês consecutivo.

Considerando uma análise a 12 meses, os respondentes ao inquérito “continuam a esperar um aumento dos preços das casas em torno dos 3%. Segmentando por região, no Algarve a expectativa é de que os preços das casas atinjam o crescimento anual mais forte, na ordem dos 4%. Em Lisboa, projeta-se um acréscimo dos preços em torno dos 3%, enquanto no Porto as expectativas se mantêm mais fracas (1,5%)”.