Expectativas sobre preços e vendas de casas aumentam

O mais recente Portuguese Housing Market Survey (PHMS) – avaliação mensal realizada pelo RICS e a Confidencial Imobiliário com base num inquérito realizado a 100 empresas e profissionais do sector – revela que em Maio “a confiança no mercado de compra e venda atingiu o máximo dos últimos 12 meses com os respondentes a actualizar em alta as suas expectativas de curto-prazo relativas a preços e vendas”. Já no “mercado de arrendamento, a escassez da oferta e a forte procura continuam a impulsionar o crescimento das rendas”.

Algarve: forte subida dos preços das casas

Em Maio, segundo o PHMS , a procura voltou a crescer ao longo do mês mercado de compra e venda. Mas se os agentes de mercado reportaram um ritmo de crescimento muito semelhante ao de Abril, já os promotores notaram um aumento significativo no interesse dos compradores.

E se a “as novas instruções de venda caíram em Maio, após um ligeiro aumento em cada um dos últimos quatro meses, “as vendas acordadas registaram uma forte subida no Algarve, mantendo o ritmo de crescimento em Lisboa, sendo que no Porto se mantiveram relativamente inalteradas”.

Os dados são, porém conclusivos: “espera-se que o volume de vendas suba em todas as três regiões ao longo dos próximos três meses”.

O mais elevado indicador de confiança dos últimos 12 meses

Com este “aquecimento” de actividade no mercado de compra e venda, constata-se uma pressão para que os preços das casas possam subir em todas as regiões. De facto, diz o Portuguese Housing Market Survey : “após ter começado a recuperar no início de 2015, o indicador relativo a preços encontra-se há já 18 meses consecutivos em território positivo”.

Tratam-se das expectativas de curto-prazo mais elevadas desde que o inquérito RICS/CI foi lançado em 2010, com o indicador de confiança nacional a atingir o máximo dos últimos 12 meses,  fixando-se em +42 pontos.

Para os próximos 12 meses os respondentes ao inquérito continuam a prever um aumento dos preços das casas em torno dos 3%, mas já num prazo mais longo, relativo aos próximos 5 anos, o crescimento dos preços esperado acelera para uma média de 4% ao ano.

Arrendamento: quando há procura e falta oferta, os preços sobem…

No mercado de arrendamento, a procura por parte dos arrendatários voltou a crescer ao longo do mês de Maio, embora e um ritmo mais moderado que o observado no mês anterior. Ao mesmo tempo, a oferta por parte dos proprietários caiu significativamente. Daí que as rendas continuem a subir e a expectativa é de que cresçam ainda mais nos próximos três meses.