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Habitação by century 21

 

 

Comprar exige menor esforço financeiro do que arrendar casa em Portugal – o estudo da Century 21 (I)

26 de julho de 2019

A Century 21 Portugal acaba de divulgar um estudo inédito, a nível nacional, para avaliar a capacidade de acesso das famílias portuguesas à habitação, com base na análise comparada entre o arrendamento e a aquisição de casa.

A conclusão é taxativa e irrefutável: comprar exige menor esforço financeiro do que arrendar casa em Portugal.

Vale a pena concentrarmo-nos em algumas das principais conclusões do estudo, vejamos:

 

— Lisboa, Lagos, Loulé, Tavira, Albufeira e Cascais são os concelhos com maior taxa de esforço para compra de habitação

— Adquirir 90 m² tem um encargo mensal entre 14% a 61% inferior ao arrendamento

— Em oito das 18 capitais de distrito, a taxa de esforço para arrendamento supera os 33%

— Rendimento médio mensal das famílias varia entre os 1919 € em Oeiras e os 1091 € em Tavira

 

Concentração urbana, turismo e procura internacional

Os resultados do estudo indicam que, numa perspectiva nacional, o acesso à habitação está genericamente ajustado à capacidade económica das famílias. Porém, a maior concentração urbana influencia, naturalmente, a acessibilidade à habitação. A densidade populacional é um aspecto fundamental a considerar dado que a Área Metropolitano de Lisboa (AML) e e a sua congénere do Porto (AMP) registam cerca de 47,5% dos agregados familiares de Portugal continental.

Para além da concentração urbana há outros dois factores que mais condicionam o acesso à habitação são o turismo e a procura internacional.

O estudo expõe de forma evidente que “são os concelhos com maior densidade populacional e com atractividade mais elevada para o segmento internacional que correspondem não só aos mercados de maior valorização, como àqueles em que a taxa de esforço para aquisição se mostra mais expressiva. Destacam-se, neste contexto, os concelhos de Lisboa, Lagos, Loulé, Tavira, Albufeira e Cascais, muito distantes das restantes realidades nacionais, quer em termos de valorização do parque imobiliário, quer na taxa de esforço para acesso à habitação”.

Já as capitais distritais da linha interior — quer a Norte quer a Centro e Sul — onde a densidade populacional é muito inferior, são, sem surpresa, as menos valorizadas, mas também aquelas que apresentam maior capacidade de acesso à habitação, com taxas de esforço tendencialmente mais baixas.

Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal acrescenta face a esta constatação: "Neste contexto, é expectável que as taxas de esforço na AML continuem a subir nos próximos meses, e na generalidade dos concelhos, em linha com o aumento da procura de casas nos municípios limítrofes da capital. Para além disso, este movimento crescente de concentração urbana, com epicentro na capital, obriga à criação de novas soluções de habitação e implica uma nova visão estratégica de mobilidade intermunicipal e urbana, para gerar maior proximidade ao centro das cidades, tal como já se verifica nas principais capitais europeias, onde as populações optam por habitar fora do centro da capital, em zonas onde as distâncias ao centro são muito superiores às que se verificam na Área Metropolitana de Lisboa".

E acrescenta: “Já o turismo e a procura internacional estão a evoluir para além das zonas que mais se destacam - Lisboa e Algarve - para o Porto, para outras áreas de costa e várias regiões turísticas, de norte a sul do país. Esta é uma tendência positiva porque vem retirar pressão das zonas mais consolidadas e trazer mais oportunidades de emprego, de atracção e retenção de talento, para outras regiões.”