CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Habitação by century 21

 

Coimbra: antigo Teatro Sousa Bastos será bloco habitacional

14 de agosto de 2017

O antigo Teatro Sousa Bastos, na Alta de Coimbra, abandonado há décadas, vai tornar-se num imóvel habitacional, com 32 apartamentos, mas mantendo a fachada do edifício, de acordo com proposta aprovada pela Câmara.

O executivo municipal de Coimbra aprovou a transformação do antigo Teatro Sousa Bastos num imóvel habitacional, com 30 apartamentos de tipologia T0, dois T1 e um espaço cultural, que será entregue ao município.

O projecto do proprietário do imóvel, adquirido no início dos anos de 1990, que prevê a “preservação da fachada” do imóvel, envolve um investimento global da ordem dos dois milhões de euros.

No edifício, implantado na zona histórica da cidade, será disponibilizada uma área com cerca de 724 metros quadrados, que será cedida ao município, para nela criar um espaço para “dinamização cultural da Alta de Coimbra”.

Para a Câmara, “a recuperação do edifício usualmente conhecido por antigo Teatro Sousa Bastos representa não só a preservação da “memória” e imagem visual desta zona da Alta da cidade”, como constitui também, “pelos usos propostos, um contributo positivo para a dinamização da reabilitação” desta área da cidade, atraindo pessoas, e para “a dinamização cultural da ARU [Área de Reabilitação Urbana] Coimbra Alta”.

A oposição na Câmara questiona, no entanto, o facto de não estar definida a utilização, “em concreto”, que a autarquia pretende dar ao espaço cultural a criar no edifício, defendendo, designadamente, a necessidade de sujeitar o projecto de arquitectura à ocupação que aquela área vier a ter.

 

Desactivado desde 1980

 

Construído onde outrora existiu a Igreja de São Cristóvão (século XII), o imóvel começou a ser edificado em 1860, denominando-se então Teatro D. Luís, sendo, depois, reconvertido no Teatro Sousa Bastos, que foi inaugurado em 1914.

Depois de desactivado, no final dos anos de 1980, o Teatro Sousa Bastos funcionou, no início da década seguinte, durante cerca de dois anos, como espaço cultural, dinamizado pela companhia de teatro Bonifrates, que o abandonou designadamente por razões de segurança, sendo pouco depois adquirido pelo actual proprietário.

Lusa/DI