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Arrendamento

 

Partilha de casa é cada vez mais uma opção

23 de agosto de 2016

Quando não existe a possibilidade de arrendar ou comprar uma casa, a solução passa em partilhá-la. Jovens independentes e estudantes são o perfil mais comum. 

De acordo com o primeiro relatório de arrendamento de quartos realizado pelo idealista, o interesse despertado pelo arrendamento de quartos aumentou 123%, nos primeiros seis meses de 2016, ultrapassando assim o dobro de pesquisas realizadas no primeiro semestre de 2015.

A crescente procura provoca naturalmente a subida de preços e o estudo revela que se verifica um aumento de 9% durante o último ano no valor dos quartos para arrendar, situando o preço médio em Portugal nos 220 euros mensais. 

Foram nos principais distritos do país que se registaram os maiores aumentos. Lisboa acompanha a tendência nacional e vê os seus preços subirem 5%, seguida pelo Porto (0,5%). Coimbra estabiliza os preços mantendo-os inalterados em relação ao ano anterior. 

Lisboa é o distrito com os quartos mais caros do país, localizando o custo de arrendamento nos 257 euros mensais. Seguido pelo Porto (209 euros por mês) e Coimbra (173 euros) como o distrito mais económico analisado.

Jovens e estudantes são os que mais partilham casa

Segundo o estudo do idealista, este é o perfil das pessoas que partilham casa em Portugal: 31 anos, vivem no centro de grandes cidades, não fumam (apesar de tolerantes com quem fuma) e não têm e nem permitem animais de estimação.

A idade média dos habitantes de uma casa partilhada varia em função da zona geográfica, sendo Lisboa o distrito com a média mais alta. Na capital a média de idades ronda os 31 anos enquanto no Porto situa-se nos 29 anos.

Por outro lado Coimbra, tradicionalmente estudantil, apresenta uma média de idades mais baixa. Os habitantes de casas partilhadas nesta cidade rondam os 26 anos.

Em 93% das casas convivem ambos os sexos, enquanto 6% vivem apenas indivíduos do sexo feminino e 1% exclusivamente masculino.

Os dados publicados neste relatório revelam que o arrendamento de quartos deixou de ser uma opção habitacional apenas para estudantes, convertendo-se também na opção eleita por jovens nos seus primeiros anos no mercado de trabalho e em alguns casos até mais tarde.

A actual realidade do mercado de arrendamento português nas grandes cidades faz com que seja complexo para muitas pessoas solteiras ou separadas suportar o custo de uma casa, tornado o arrendamento de um quarto a opção mais vantajosa.

Por outro lado, partilhar casa continua a ser um estímulo para muitos jovens com vontade de serem independentes e sair da casa dos pais.