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Arrendamento

 

Morro da Sé do Porto: Concurso teve 1.750 candidaturas

16 de fevereiro de 2017

A Porto Vivo registou cerca de 1.750 candidaturas ao concurso para arrendamento no Morro da Sé, no centro histórico da cidade, um resultado que “superou as melhores expectativas”, anunciou aquela Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa Portuense.

O período de candidaturas ao concurso de arrendamento no Morro da Sé da cidade do Porto, como o DI noticiou, encerrou dia 10 de fevereiro e as 39 fracções disponíveis (28 apartamentos e 11 espaços comerciais) receberam cerca de 1.750 solicitações.

Para o presidente da SRU, Álvaro Santos, “o elevado número de candidaturas ao arrendamento no Morro da Sé significa que esta zona do Centro Histórico do Porto, outrora desertificada e marginalizada, é hoje uma parte da cidade que oferece excelentes condições para viver e trabalhar”. Acrescentando o gestor ser “também, um sinal claro para os promotores e investidores privados apostarem neste local para o mercado de arrendamento habitacional”.

Face à elevada afluência de candidaturas, a SRU refere que o calendário inicialmente previsto teve de ser reajustado e a lista de candidatos admitidos a sorteio estará disponível para consulta a partir do dia 20 de Março, na sede da Porto Vivo.

Os candidatos poderão reclamar de eventuais erros ou omissões entre 20 e 24 de Março e a 04 de Abril, o júri analisará e publicará a lista corrigida, estando o acto do sorteio público agendado para dia 07 de Abril, às 14:30.

Numa informação colocada na sua página da internet, e consultada em janeiro pela Lusa, a SRU explicava esperar “atrair cerca de 70 novos moradores para a zona da Sé” através do arrendamento destes espaços residenciais nas ruas dos Mercadores, Sant’Ana, Bainharia e Pelames, Largo da Pena Ventosa e Viela do Anjo.

A SRU esclarecia ainda que a prioridade na escolha das candidaturas será dada a senhorios do centro histórico que precisem de realojar temporariamente os inquilinos para reabilitar as suas casas, bem como a “agregados com filhos menores”.

De acordo com o regulamento do concurso então consultado, “será dada prioridade a senhorios que possuam imóveis na Área de Reabilitação Urbana Centro Histórico do Porto ou em unidades de intervenção com documento estratégico aprovado e que necessitem de realojar temporariamente os seus inquilinos, para efeitos de reabilitação daqueles espaços”.

Criada em 2004, a Porto Vivo é uma empresa de capitais públicos, cujos acionistas são o Estado, representado pelo IHRU - Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, com 60% do capital, e a Câmara do Porto, com 40% do capital.

No âmbito do designado “Acordo do Porto”, assinado em 2015 com o então primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, anunciou que a SRU ia passar a ser detida na totalidade pela autarquia, numa municipalização que, durante cinco anos, manteria o financiamento de um milhão de euros anuais do Governo.

Em fevereiro de 2016, o Tribunal de Contas chumbou a compra, por parte da autarquia e pelo preço simbólico de um euro, de 60% das ações do Estado.