CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Arrendamento

 

IHRU indeferiu 2219 pedidos de apoio ao pagamento de rendas - BE

5 de novembro de 2020

O Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana - IHRU indeferiu 2219 pedidos de apoio ao pagamento de rendas, no âmbito das medidas de apoio contra os efeitos da covid-19, divulgou o Bloco de Esquerda.

Os dados foram avançados pela deputada bloquista Maria Manuel Rola durante uma questão dirigida ao ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que esteve ontem a ser ouvido no parlamento para apreciação da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2021.

“O IHRU teve 2932 pedidos. O que é verdade é que 2219 não tiveram acesso ao apoio do IRHU”, A minha pergunta é porquê?, questionou a deputada.

Na resposta à deputada do BE, Pedro Nuno Santos explicou que 90% dos pedidos indeferidos se deveu à falta de apresentação do contrato de arrendamento, de prova de que estão há seis meses na habitação, falta de comprovação de quebra de rendimentos e a declaração de honra sobre essa quebra.

“Estas são razões que impedem, obviamente que o apoio seja dado. Queremos e devemos continuar a ajudar as pessoas que procuram o apoio a consegui-lo, efetivamente, mas sem a apresentação dessa documentação torna-se difícil de o fazer”, ressalvou.

Para responder à crise da pandemia da covid-19, o Governo aprovou um conjunto de medidas excepcionais e temporárias dirigidas ao arrendamento, inclusive um regime excepcional dirigidos a arrendatários que se vejam impossibilitados de pagar atempadamente as rendas, permitindo que possam pedir um empréstimo ao IHRU para assegurar o pagamento dessas rendas.

Este regime aplica-se às rendas que vençam até 1 de Setembro deste ano, no caso de arrendatários que, cumulativamente, comprovem uma quebra superior a 20% dos rendimentos do seu agregado familiar após 1 de Março e uma taxa de esforço para pagamento da renda superior a 35%.

Pedro Nuno Santos adiantou ainda que a tutela tem autorização para reforçar o IHRU com 47 pessoas, sendo que destas 30 são contratados, nove são em regime de mobilidade e oito através da contratação centralizada.

LUSA/DI