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Habitação by century 21

 

 

Algarve necessita de mais imóveis de luxo

8 de junho de 2018

O primeiro Salão Imobiliário do Algarve (SIA) está a decorrer até amanhã no Centro de Congressos do Arade, no Parchal. Durante três dias cerca de quatro dezenas de expositores, participam nos 1000m2 de área de exposição do SIA, organizado pela Câmara Municipal de Lagoa.

A Secretária de Estado da Habitação, Ana Pinho, irá estar presente hoje para apresentar o Pacote Legislativo da Nova Geração das
Políticas de Habitação, umconjunto de instrumentos que visa responder às carências habitacionais, promover o arrendamento acessível e a coesão territorial.

Com o tema “Mais do que promover o imóvel, promover a região”, este 1º Salão Imobiliário do Algarve conta com uma forte presença de imobiliárias e empreendimentos premium, entre eles, o Pestana Gramacho Residences, a Quinta do Algarvio, o Vale de Milho Village, o Atrium Lagoa, o Penina Luxury Living, entre outros. Produtos que que atraem ao certame investidores nacionais e estrangeiros.

Francisco Martins, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, revela que depois de escoado o produto imobiliário que tinha ficado retido nos tempos da crise do setor, “o Algarve apresenta agora bastante dinamismo com o surgimento de novos projetos e o reavivar de outros já aprovados na região. Donde se destacam vários empreendimentos imobiliários residenciais, mas tambéme em grande maioria, projetos virados para o mercado de luxo, seja ele residencial ou de investimento para posterior colocação nomercado de arrendamento sazonal”.

O autarca salienta que mesmo durante os chamados anos de crise, o mercado de luxo sempre resistiu, mantendo assinaláveis índices de escoamento em virtude de não estar, na sua maioria, dependente do financiamento bancário. “No momento atual o que é mais notório é a falta de produto nesse segmento, em especial na gama de preços acima dos cinco milhões de euros”, esclarece.

De acordo com o Francisco Martins, os estrangeiros continuam a ser clientes muito fortes no mercado imobiliário do Algarve, contudo, o mercado português também absorve muito do stock disponível na região em especial em destinos turísticos marcadamente virados para o cliente nacional e para tipologias mais reduzidas em especial apartamentos T1.

Sobre os preços que estão a ser praticados, o responsável adianta que em todo o mercado nacional torna-se sempre difícil obter com precisão e atualização esses valores uma vez que a informação está muito dispersa e apresenta um desfasamento temporal que dificulta uma análise no momento.

“No caso particular do Algarve, e dada a grande diversidade do tecido da oferta e as suas localizações os valores apresentam significativas variações situando-se segundo os dados disponíveis, entre os 1441 euros/m2 e os 2405 euros/m2”, explica.
O presidente da autarquia indica ainda que mesmo relativamente ao mercado residencial para a população local, neste momento assiste-se a um ciclo de mercado muito dinâmico ao nível da procura, seja ela para compra ou para arrendamento, sendo este último segmento “aquele que apresenta maior escassez na oferta o que pressupõe que uma boa estratégia de investimento
será a da construção ou reabilitação para colocação no mercado de arrendamento, existindo para tal inclusive alguns pacotes de
medidas de estímulo a esses investimentos”.

Um bom momento que levou à realização do primeiro Salão Imobiliário do Algarve. O edil afirma que o concelho de Lagoa, pela sua
centralidade na Região do Algarve e pela sua oferta ao nível das infraestruturas reúne as condições ideias para a realização do SIA, o evento, pretende dar a conhecer a oferta imobiliária do Algarve assim como, os diversos agentes ligados ao mercado imobiliário e atividades conexas a esta área de negócio.

“Mas como principal objetivo o Salão Imobiliário do Algarve pretende tornar-se, como projeto presente e para futuro, numa referência que acrescente valor tanto a clientes e potenciais clientes da região como aos profissionais dos múltiplos serviços ligados ao mercado imobiliário. Pela importância que este segmento de mercado representa, sendo uma fatia importante nos impostos municipais e nacionais, faz todo o sentido a existência deste evento naRegião”, conclui Francisco Martins.

*Artigo publicado no Jornal Económico no âmbito de uma parceria com o Diário Imobiliário