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Investir em hotelaria é uma boa oportunidade de negócio

11 de fevereiro de 2015

A Endutex – grupo português fundado há mais de 40 anos e um dos principais produtores europeus de têxteis técnicos – prepara-se para investir 34 milhões de euros no setor hoteleiro em Portugal e no Brasil. O investimento será realizado na construção de cinco novos hotéis, com a marca Moov Hotel, três dos quais no mercado nacional e os restantes no sudeste brasileiro.
O primeiro empreendimento, que abre portas já em Junho de 2015, na Quinta das Sedas, em Matosinhos, é fruto de um investimento que ronda os seis milhões de euros. André Ferreira, administrador do grupo Endutex, em entrevista ao Diário Imobiliário revela que o bom momento do turismo em Portugal trouxe confiança ao Grupo para avançar com um ritmo mais acelerado de crescimentono sector.

Qual o objetivo de investir na hotelaria?

À semelhança daquilo que acontece com os outros investimentos do grupo Endutex, o objetivo deste investimento é trazer o melhor retorno com o menor risco aos accionistas. Da análise que temos vindo a desenvolver, das diversas áreas de negócio, sem dúvida que a área da hotelaria económica foi identificada como uma boa oportunidade, daí termos decidido avançar.

Quais as expectativas com a abertura destas unidades hoteleiras?

As expectativas são de consolidação dos bons resultados já obtidos e de crescimento do projeto. Com novas unidades hoteleiras ganharemos mais visibilidade, mais notoriedade e, claro, aumentaremos o volume de faturação e resultados.

Porque só agora entram neste mercado?

O projeto começou a ganhar forma em 2008 e tivemos a primeira abertura em 2011. Agora que começamos a conhecer melhor as variáveis do negócio sentimos confiança para avançar com um ritmo mais acelerado de crescimento.

As dificuldades económicas do país não assustam?

Em todos os investimentos existem muitas variáveis que assustam. Todos os negócios têm riscos e temos de saber identificá-los e minimizar os seus efeitos. A aposta no turismo tem uma vantagem de não se limitar ao mercado nacional e, dessa forma, diminui o risco que surge das dificuldades económicas do país. Outro problema que as dificuldades económicas do país nos traziam eram o preço do financiamento, mas mesmo essa questão tem sofrido uma evolução bastante favorável.

O destino de Portugal para o turismo internacional é um bom indicador para este passo na área?

O projeto iniciou antes mesmo destes últimos indicadores que colocam Portugal como um dos destinos obrigatórios a visitar na Europa. Digamos que a nossa aposta em iniciar no Porto e depois no Alentejo veio comprovar que os nossos estudos e aposta foram no sentido certo.

O que espera também para o Brasil?

Esperamos aproveitar a nossa experiência no mercado nacional para entrar num mercado com uma dimensão incomparavelmente superior ao português. Queremos provar o conceito com as primeiras aberturas e, a partir daí, decidir como fazer evoluir o processo.

Existem outros destinos na mira da Endutex?

Temos um espírito tão dinâmico como a nossa nova marca e logicamente pensamos sempre em novos destinos, no entanto, temos já muita coisa em mãos que temos de fazer evoluir antes de pensar noutros países.