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Arquitectura

 

 

 

Museu do Oriente: Li Xiaodong reflecte sobre a Arquitectura

5 de abril de 2018

O conceituado arquitecto chinês Li Xiaodong orienta uma conferência, de entrada livre, sobre aquilo que denomina a prática da arquitectura regionalista reflexiva, no sábado, 21 de Abril, pelas 15 horas, no Museu do Oriente, em Lisboa.

“Identity: towards a reflexive regionalist practice of architecture” rejeita a ideia de arquitectura chinesa contemporânea em favor do conceito de arquitectura regionalista reflexiva, enquanto diálogo para compreender uma condição abrangente, dinâmica e sustentável de um lugar ou, nas palavras do arquitecto, “uma tabula rasa na qual as soluções podem ser baseadas e dela emergir”.

Li Xiaodong desenvolve uma procura que se funda sobre a apropriação da "arquitectura chinesa”, conjugando modos tradicionais e contemporâneos de expressão, conhecimentos técnicos e pensamento artístico. A sua arquitectura combina uma exploração espiritual das ideias com o pensamento racional e baseia-se numa permanente investigação dos conceitos subjacentes ao contexto espacial chinês. Destaca-se a atenção ao contexto cultural e climático, bem como a ambição de procurar capturar a essência espiritual do lugar, com busca de tranquilidade e harmonia.

O arquitecto rejeita os estilos arquitectónicos como limites ao único e ao criativo, não deixando de valorizar a relação entre tradição e modernidade: privilegia o conhecimento adquirido na experiência ancestral, como base para resolver novos problemas. Acredita que a riqueza de um bom desenho depende da articulação cuidadosa de uma matriz de detalhes, escala, proporção e senso comum.

 

Vendedor do Prémio Aga Khan de Arquitectura 2010

Nascido em Pequim, em 1963, Li Xiaodong é arquitecto pela Escola de Arquitectura da Universidade de Tsinghua e doutorado pela Escola de Arquitectura da Universidade de Delft. A sua actividade inclui, além da prática de arquitectura – entre projectos de interiores e intervenções à escala urbana –, o ensino e a investigação. O seu trabalho é largamente premiado, destacando-se o projecto para a Bridge School na província de Fujian, vencedor do prémio AR(review) Emerging Architecture Award, em 2009, bem como o 2010 Aga Khan Award, em Arquitectura. Também o projecto da Biblioteca de Liyuan foi premiada pelo UNESCO Jury Award for Innovation. Enquanto investigador, abrange temas que vão dos estudos culturais, da história e teoria da arquiteCtura, até aos estudos urbanos.