CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Arquitectura

 

 

 

Lançado o livro Arquivo do arquitecto Diogo Seixas Lopes

18 de novembro de 2019

Já foi lançado o livro Arquivo Diogo Seixas Lopes que reúne os textos e publicações do arquitecto Diogo Seixas Lopes (1972-2016). Editado por André Tavares, é uma peça monumental de 856 páginas da Dafne Editora.

A Trienal de Arquitectura associou-se a este lançamento, e a primeira apresentação aconteceu no dia 16 de Novembro, em Lisboa (Fundação Calouste Gulbenkian), seguida pelo Porto no dia 21 (Passos Manuel) e em Zurique, no dia 22 de Novembro.

O livro, editado por André Tavares, é uma peça monumental de 856 páginas, onde texto e imagem dialogam e organizam os textos e a produção escrita de uma vida com o objectivo de tornar acessível um volume de trabalho que antes se encontrava disperso em vários suportes e em diferentes meios. A reunião de todos estes textos pretende dar uma nova vida aos esforços dedicados de Seixas Lopes para descobrir ideias e reflectir sobre elas, servindo a sua produção ela mesma como reflexão crítica. Da música punk rock ao cinema, da arte à arquitectura, de Aldo Rossi à banda desenhada, passando por XPTO, a obra de Diogo Seixas Lopes é um manancial de ideias, leituras e sentidos ainda por explorar. O livro pretende isso mesmo: estabelecer pontes e diálogos intelectuais abertos.

O volume está organizado em várias secções, começando com as suas contribuições como crítico de música do jornal Já, em 1996, como guia de actividades culturais em Alice, assim como crítico de cinema na revista Première, entre 1999 e 2001. A secção intitulada Banda Desenhada contém as histórias aos quadradinhos que produziu de 1989 a 2002. Ainda a série de textos XPTO, produzida em vários contextos, e o capítulo Música, Cinema & Arte, que abrange o período de 1998 para 2006.

Arquitectura forma o núcleo central do livro, com textos escritos entre 1992 e 2016, dos quais os da revista Prototypo, que co-editou de 1999 a 2004, e do Jornal Arquitectos. Ainda espaço para os textos d' O Espelho, jornal colectivo de parede que fazia parte da Trienal 2013. O livro termina com 'Obra, 'capítulo que contém textos dedicados ao seu trabalho construído e aos seus estudos históricos e teóricos de Aldo Rossi que desenvolveu de 2009 a 2015.

De lembrar que Diogo Seixas Lopes foi o co-curador, com André Tavares, da 4ª edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa que aconteceu em 2016 sob o título “The Form of Form".

Arquivo Diogo Seixas Lopes é apresentado em três sessões com diferentes convidados em Lisboa, Porto e Zurique.

O primeiro momento de lançamento contou com a participação de Maria João Guardão, Gonçalo Byrne, Ricardo Pedroso Lima, Jorge Figueira e Fernanda Fragateiro.

No Porto, 21 de Novembro, 21h30, no Passos Manuel, tem a participação de Mark Lee, Teresa Novais e Pedro Bandeira.

Em Zurique, 22 de Novembro, 19h00, na Livraria Never Stop Reading, conta com a participação de Christoph Gantenbein e Victoria Easton.

Sobre Diogo Seixas Lopes

O trabalho de Diogo Seixas Lopes ocupa uma posição única na arquitectura contemporânea. O co-arquitecto de obras reconhecidas internacionalmente, como a renovação do Teatro Thalia (Lisboa, 2008-2012, com Patrícia Barbas e Gonçalo Byrne) ou a sofisticada Torre Picoas, conhecida como edifício FPM41 (Lisboa, 2014-2018, com Patrícia Barbas), foi também professor da Universidade Autónoma de Lisboa, Universidade de Coimbra e Carleton University, em Ottawa. Formou-se em arquitectura em Lisboa e fez doutoramentona ETHZ, em Zurique. O seu primeiro livro, Cimêncio (Fenda, 2003), teve como Nuno Cera. Em 2015, publica Melancholy and Architecture: On Aldo Rossi (Park Books, 2015), traduzido para o português em 2016, o que lhe valeu os elogios da crítica. De 1999 a 2004, foi editor da revista Prototypo e, de 2013 a 2016, editor assistente da revista Jornal Arquitectos. Juntamente com André Tavares, foi co-curador da Trienal de Arquitectura de Lisboa 2016, apresentada sob o tema "The Form of Form". Esse extenso currículo de actividades foi constantemente acompanhado pela redacção de textos em diversos meios, reunidos agora no livro Arquivo Diogo Seixas Lopes.