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O Graffiti entra em casa

14 de março de 2015

Ainda não há pouco tempo, o graffiti estava associado, apenas e só, a um certo ambiente “underground” visível nos bairros marginais das grandes periferias urbanas. Instrumento de protesto e contestação, social e geracional; tomava os espaços públicos e privados, violentando-os, desfigurando-os, vandalizando-os.

“Pichagens” e graffitis eram, quase sempre, alvo de críticas ferozes por parte da opinião pública e perseguidos violentamente pelas autoridades. A conspurcação de muitas cidades, pequenas ou grandes, era — e ainda é — visível.

A pouco e pouco, porém, a situação tem-se modificado. O facto de entre os pejorativamente apelidados de “grafiteiros” terem surgido nomes grandes no mundo fascinante do traço, da forma, da cor, elevou a “actividade” ao patamar respeitável da “street art” ou arte urbana - em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na polis.

Em muitas cidades, as autoridades camarárias também compreenderam — nalguns casos mais tarde que depressa… — que o Graffiti e os seus mais destacados representantes eram, não só contributo para a renovação e reabilitação das suas cidades e urbes, como um elemento pedagógico e «exemplar» para todos aqueles que ainda se limitavam apenas a “pichar” ou a “tagar” sem qualquer tipo de preocupação estética. Mais ainda: era possível promover Arte Urbana a preços baratos!

Da rua, dos muros, presentemente o Graffiti parece ter também conquistado os arquitectos e os decoradores para a intervenção no Interior das nossas casas e edifícios. Os resultados são, no mínimo, impactantes.