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Brandchitecture: Espaços de trabalho com o ADN da empresa

15 de janeiro de 2018

A Deloitte Hub, a Sede da Vodafone Madrid, a sede da Abreu Advogados, a sede dos CTT, a sede da Everis, da Nokia, mais recentemente, a sede da VdA, Vieira de Almeida e Associados em colaboração com a PLMC Arquitectos, são algumas das obras relevantes da Openbook, um atelier de arquitectura que se tem vindo a distinguir pelos seus projectos arrojados em matéria de escritórios.

Com 10 anos no mercado, a Openbook liderada por quatro partners: Paulo Jervell, Rodrigo Sampayo, João Cortes e Pedro Pires, tem experiência em Portugal e em diversos mercados internacionais, conta com cerca de 30 colaboradores e opera essencialmente através de Lisboa-Portugal, e de São Paulo-Brasil, estando envolvida em projectos em diversos países como por exemplo Espanha, Suíça, Angola, Moçambique e Perú. Apesar de se ter vindo a distinguir na área de escritórios, apresenta um vasto portfólio em áreas como a habitação, turismo, equipamentos de educação e desporto, centros comerciais, logística, comércio e indústria, projectos urbanísticos, sendo, no entanto, especialista nas áreas de edifícios corporativos e Unidades de Saúde/Hospitalares.

Paulo Jervell, partner da Openbook, revela que a reabilitação de edifícios em Portugal tem sido um desafio para as empresas e para os arquitectos. “Estes imóveis permitem uma abordagem inovadora na concepção de novas sedes corporativas, muitas vezes com a introdução de um carácter único que um tradicional edifício de escritórios terá mais dificuldade em incorporar”, explica.

O responsável adianta que o atelier tem oferecido aos seus clientes algumas localizações alternativas que anteriormente não teriam sido consideradas ,exatamente por se tratarem de zonas onde a proximidade ao rio a existência de edificações fora do normal, permitem a criação de um produto diferenciado. “A zona de entre Santos-o-Velho e o Cais do Sodré tem sido alvo de uma enorme atractividade, bem como a zona entre a Praça do Comércio e a Estação de Santa Apolónia que, com a introdução do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, tem sido alvo de uma reabilitação profunda. Estas zonas confirmam o crescente interesse por zonas alternativas onde também a acessibilidade é um factor fundamental ao sucesso da reabilitação urbana”, salienta Paulo Jervell.

A Openbook tem vindo a trazer uma abordagem diferenciadora integrada, com uma gestão de 360 graus, onde a arquitectura, a engenharia, a consultoria e a gestão financeira do projecto, são partes integrantes e interactivas indissociáveis ao sucesso do projecto.

Para Paulo Jervell, a arquitectura não assume exclusivamente a criatividade de projecto, mas opera como um consultor capaz de ter uma visão global e interpretar os sinais que o cliente e o mercado transmitem. “Esta visão permite-nos ser detentores de uma oferta de mercado única e de grande valor acrescentado, alargando o seu negócio a áreas diferenciadas com uma grande maior-valia para o cliente e para o projecto global”, admite.

 

Os espaços de trabalho do futuro

Ao longo da sua história, a Openbook tem-se destacado como um escritório de arquitectura de referência na conceptualização do “espaço de trabalho futuro”, como espaço criativo, atractivo e funcional, que proporciona aos seus colaboradores a qualidade que se reflete na eficácia da forma de trabalhar e interagir entre si, potenciando a actividade da empresa, o cross-selling e o seu consequente crescimento.

“A Openbook desenvolveu o conceito de ‘Brandchitecture’ que se traduz na utilização do espaço de trabalho como veículo de transmissão do ADN da empresa, dotando o espaço de características únicas, fazendo os colaboradores “respirarem” os seus valores, impregnando-os em cada membro que aí habita e trabalha. Entendemos que o cliente tem cada vez mais consciência de que ter a marca impregnada na arquitectura do seu espaço  é um grande valor acrescentado para a empresa. É um factor de agregação entre empregador e colaborador, sendo ainda um added-value intangível a adicionar à remuneração tangível”, refere.

Sobre o actual estado da arquitectura, Paulo Jervell revela que a crise passada, transportou o serviço de arquitectura para níveis de remuneração extraordinariamente baixos, estando o mercado inundado de prestadores de serviço, na grande maioria pouco qualificados e pouco estruturados, que numa perspectiva de sobrevivência, baixaram os honorários para níveis nunca antes vistos. A arquitectura actualmente é encarada como uma ‘necessidade’ não tendo o mercado detectado ainda a maior-valia de ter um serviço de qualidade”, salienta. Outro dos problemas que o mercado de arquitectura tem é, na opinião do responsável, o nível de exigência nos concursos, os clientes exigem praticamente um projecto completo para tomar a decisão de selecção de equipa a contratar, o risco de investimento é demasiado grande versus o retorno que o resultado pode vir a gerar. Para Paulo Jervell, a profissionalização da actividade não pode deixar a criatividade para segundo plano, “o resultado final tem de ser profundamente criativo, só assim será inovador”.●

Autor: Fernanda Pedro

*Artigo publicado no Jornal Económico no âmbito da parceria com o Diário Imobiliário