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Viana do Castelo: consórcio internacional vai investir 110 M€

14 de dezembro de 2017

Um consórcio internacional vai investir, em Viana do Castelo, mais de 100 milhões de euros em projectos no sector imobiliário que serão apresentados no II Encontro e Investidores da Diáspora que começa, na sexta-feira, na capital do Alto Minho.

Hoje, a equipa projectista que lidera os projectos do consórcio, constituído por empresas portuguesas, francesas e nórdicas, adiantou que na "totalidade, o investimento em Viana do Castelo poderá ascender a mais de 110 milhões de euros, que dará origem a um investimento indirecto a rondar cerca de 200 milhões de euros, nos próximos a dez anos".

De acordo com a equipa projectista, "no primeiro trimestre do próximo ano começará a construção de condomínios de habitação de luxo, residências seniores e habitação para residência permanente, num investimento de mais de 15 milhões de euros".

Este projecto vai ser implementado no Parque da Cidade, em sete lotes de terreno adquiridos por dois milhões de euros à sociedade VianaPolis por duas empresas, de capitais franceses e portugueses.

 

Terrenos adquiridos por bom preço à VianaPolis

Em causa estão terrenos situados junto ao rio Lima, intervencionados pela VianaPolis e colocados à venda, em 2006, por 21,6 milhões de euros, mas sucessivas hastas públicas não os conseguiram negociar, apesar das várias revisões do preço base.

Em 2013, na última tentativa, o preço base ficou fixado nos 7,5 milhões de euros. Desde então, a venda ficou aberta em contínuo, aguardando por investidores interessados.

Esta área foi recuperada e infraestruturada pela sociedade VianaPolis, responsável pela execução do programa Polis de Viana do Castelo, detida em 60% pelos ministérios do Ambiente e das Finanças e em 40% pelo município.

O plano de investimentos do consórcio internacional, a apresentar durante o II Encontro de Investidores da Diáspora que, na sexta-feira e no sábado, vai juntar, em Viana do Castelo, no Forte Santiago da Barra, 14 membros do Governo, entre eles, os ministros da Economia e dos Negócios Estrangeiros, prevê ainda a construção de "um aquário/oceanário com cerca de 5.000 metros quadrados e uma nova marina de recreio no Parque da Cidade".

 

Parque da Cidade: o novo centro de Viana

O Parque da Cidade tem uma área de 63.199 metros quadrados de terrenos para a construção de habitação de luxo, 1.776 metros quadrados para comércio, 19.526 metros quadrados de estacionamento, além de um lote de 9.496 metros quadrados para construção de um hotel.

O projecto inclui também "um centro tecnológico para instalação de empresas do sector, um edifício de serviços intitulado "Mercado da Saúde" e ainda unidade hoteleira com cerca de 7.000 metros quadrados".

Além daqueles projectos, "estão ainda elaborados estudos de viabilidade económica e financeira para a reabilitação e instalação de três marinas atlânticas e de recreio".

O investimento do consórcio internacional, promovido pela GoldenConquest, com a assessoria técnica de C&C Architects de Cristiano Costa, "passa por vincular parceiros investidores para a globalidade do empreendimento, cujas negociações estão em curso há mais de dois anos".

 

Muitos interessados, de diferentes países

Em novembro, aquando da apresentação da segunda edição do Encontro de Investidores da Diáspora, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, adiantou estarem inscritos na iniciativa mais de 220 participantes, de 32 países".

Referiu também que, além dos 14 membros do Governo, a iniciativa contará com a presença de "mais de 20 entidades estatais para ajudar potenciais investidores em Portugal".

Promovido pelo Gabinete de Apoio aos Investidores da Diáspora (GAID) o encontro pretende constituir-se como "uma possibilidade de reencontro, de criar ‘networking' e confiança aos que têm recursos e querem investir nas suas terras de origem e, ao mesmo tempo, que também estejam disponíveis para aceitar intenções de investimento de empresas que estão hoje sediadas em Portugal e que nunca experimentaram a internacionalização".

 Lusa/DI